domingo, 28 de novembro de 2010

AVISARAM MULHER DE QUE A IAM MATAR

Durante vários dias, usaram a filha, de cinco anos, para a obrigar a prostituir-se. Depois de a espancarem, avisaram Maria de Fátima de que ia ser atirada viva ao rio Cávado.

A mulher, de 36 anos, ainda implorou, mas não conseguiu demover os sequestradores. Duas mulheres e um homem começaram a ser julgados no Tribunal de Barcelos por homicídio qualificado, roubo, coacção grave, lenocínio e rapto.

Os três arguidos, Beatriz Vidal, amante do marido da vítima, e o casal amigo Liliana Pereira e Domingos Vieira, ficaram em silêncio na primeira sessão do julgamento.

O caso remonta a 25 de Fevereiro. Segundo a acusação do Ministério Público, Maria de Fátima foi obrigada a prostituir-se no dia em que foi raptada e, "embora contrariada, acedeu, com medo de que batessem na filha". A vítima foi levada até Vila Nova de Famalicão e "obrigada a manter relações sexuais com um homem, com quem Liliana já tinha previamente combinado". Enquanto a mãe foi forçada a entregar-se ao desconhecido, a filha esperou no carro com os agressores.

Quando regressou, Fátima foi obrigada a entregar o dinheiro que o cliente lhe tinha pago e foi esbofeteada pelos três por, lê-se na acusação, "ter demorado muito tempo e ganho pouco dinheiro". Já em casa de Liliana e Domingos, em Braga, Fátima foi obrigada a ter relações sexuais com mais dois homens. No dia seguinte, o trio obrigou a mulher a entregar os cartões bancários e códigos, mas, como recusou, foi violentamente espancada com um cinto de couro na face e no corpo.

A filha de Fátima assistiu sempre a tudo. No sábado, cortaram o cabelo a Fátima e obrigaram-na a andar sem a prótese dentária que usava. Às 23h00, já na ponte sobre o rio Cávado, em Areias de S. Vicente, disseram à mulher que a iam matar. Enquanto chorava e pedia para não lhe fazerem mal, Beatriz agarrou-a pelos braços e Domingos segurou nas pernas. Lançaram-na viva ao rio.

Fátima Vilaça, aqui