O chefe do Estado-Maior da Força Aérea
determinou a abertura de um inquérito ao caso da militar, em formação na Base
Aérea do Montijo, que terá andado uma semana com o filho morto dentro do carro.
O Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro, adianta, em comunicado,
que "determinou a abertura imediata de um processo de averiguações para
apuramento de eventuais factos que tenham ocorrido em instalações" da Força
Aérea.
A abertura do inquérito foi anunciada pelo Estado-Maior da Força Aérea no
domingo, depois de notícias veiculadas na comunicação social que indicavam que
uma militar da Força Aérea, em formação na Base do Montijo, terá dado à luz e
andado com o filho recém-nascido morto no interior do carro durante uma
semana.
De acordo com a imprensa, a 1ª cabo Angelique Kendal terá escondido a
gravidez e quando o bebé nasceu, ao que confessou à Polícia Judiciária (PJ), já
morto, andou com ele durante uma semana no carro.
Na sexta-feira, quando se deslocou a casa em Santa Maria de Avioso, na Maia,
terá pedido a um amigo para queimar o corpo do recém-nascido dizendo que se
tratava de um animal.
O amigo, apesar de estranhar a versão, aceitou mas, quando tentou queimar a
mochila onde se encontrava o corpo percebeu que afinal era uma criança e chamou
a Guarda Nacional Republicana (GNR).
A 1ª cabo, de 26 anos, terá confirmado os factos à PJ, contando que o bebé
nasceu morto.
O corpo do bebé encontra-se no Instituto de Medicina Legal do Porto, que
deverá efetuar ainda hoje a autópsia.
O crime de infanticídio é punível com pena de um a cinco anos de prisão.
Paula Mourato, aqui