quinta-feira, 23 de setembro de 2010

CIÊNCIA DEMONSTRA SEPARAÇÃO DAS ÁGUAS ATRIBUÍDA A MOISÉS

A bíblica separação das águas do Mediterâneo, ao comando de Moisés, pode mesmo ter acontecido.

Cientistas demonstraram com um modelo computorizado que as condições meteorológicas ideais poderiam ter aberto o mar de par em par.

Os crentes não duvidam que o escolhido para receber as leis de Deus abriu o mar de par em par para levar o povo Judeu para terreno seguro, a caminho da terra prometida. Os descrentes acham que não passa de uma história contada no livro mais conhecido, lido e vendido do Mundo. Os cientistas acham que pode ter acontecido mesmo, não por ordem divina, mas por um acaso meteorológico.

Uma experiência de investigadores americanos mostra que o forte vento de Este poderia ter feito retroceder as águas do mar Mediterrâneo da mesma forma que foi descrito nas escrituras bíblicas e no Corão.


Simulações feitas em computador, parte de um estudo maior de como os ventos afectam as águas, mostram que os ventos podem empurrar e fazer retroceder a água quando uma curva do ria se funde como uma lagoa costeira. "As simulações encaixam de forma bastante próxima com o relato do Êxodo", revela Carl Drews, cientista do Centro Nacional de Investigação Atmosférica (NCAR, na sigla original americana).

"As pessoas sempre se fascinaram com esta história do Êxodo, perguntando-se se provem de feitos históricos. O que mostra este estudo é que a descrição de que as águas se separam tem uma base nas leis da física", argumentou Carl Drews.

Os relatos variam, mas os textos religiosos contam que Moisés salvou o povo de Israel, que fugia o exército do Faraó, há cerca de três mil anos atrás, ao fazer o mar abrir-se para dar passagem ao “povo escolhido”, fechando-se sobre os militares que os perseguiam.

"A separação das águas pode entender-se à luz da dinâmica de fluidos. Os ventos movem a água de acordo com as leis da física, criando uma passagem segura de ambos os lados, antes de voltar à forma inicial de forma abrupta", explicou Drews.


A equipa da NCAR encontrou um local a sul do mar Mediterrâneo onde poderia ter ocorrido a lendária passagem. Os investigadores modelaram diferentes formações de terra que terão existido então e que poderiam ter possibilitado a bíblica travessia.

O modelo requer um terreno em forma de "U" no rio Nilo e uma lagoa pouco profunda ao largo da costa. Com a simulação feita em computador, demonstraram que um vento a soprar a 101 quilómetros por hora dura 12 horas poderia fazer retroceder as águas de dois metros de profundidade.

"Esta ponte de terra poderia ter três quilómetros de largura por cinco de comprimento e permanecer aberta durante quatro horas", explicou o líder do estudo.

Augusto Correia, aqui