quarta-feira, 17 de julho de 2013

PS (ASSEMBLEIA MUNICIPAL) A MESMA FRENTE NA IDA A VOTOS

Caros Amigos e Amigas


Foi com muita satisfação e com profundo sentido de responsabilidade que aceitei encabeçar a lista do PS para a Assembleia Municipal. Faço-o, naturalmente, porque fui convidado e porque senti apoio para o fazer, mas faço-o também na certeza que o PS tem vindo progressivamente a ganhar cada vez mais a confiança dos munícipes do nosso Concelho. 

É uma relação de confiança que se tem vindo a construir e a aprofundar paulatinamente. Uma relação de confiança que permitiu há 4 anos aumentar a nossa representatividade de forma muito significativa, e que certamente se irá reforçar nestas eleições.

E isto é muito importante! É importante para o Concelho que a política se faça nos locais próprios que são a Câmara, e a Assembleia Municipal, e as Assembleias de Freguesia.

Estamos todos fartos que a política se faça apenas e só na sede da Concelhia do PSD, e todo o resto seja uma mera formalidade. E isto começa logo pelas eleições. Há aqueles que pensam que isto já está todo decidido, que eles escolheram o Presidente, tiraram quem quiseram, puseram quem quiseram e que as eleições são uma mera formalidade. 

E isto é algo que temos todos que contrariar, porque a democracia não é uma mera formalidade, porque as reuniões de Câmara, as reuniões das Assembleias não são uma mera formalidade. São o sítio onde se discute com transparência e frontalidade as opções para o nosso Concelho. Porque muitos se vão apercebendo disto é que hoje contamos com o apoio de muitos que tendo votado no passado noutros partidos, vêm hoje em nós a única alternativa. E a estes e a todos os outros, temos que mostrar que é possível fazer melhor, que é possível fazer muito melhor.

Não reclamamos para nós a perfeição, nem somos os donos da verdade absoluta, e é por isso que entendemos que isto é acima de todo um trabalho de equipa. E neste último mandato fomos três na Assembleia Municipal, eu, o Acácio e a Rosalina. 

Fizemos um trabalho muito sério, reunimos com muita gente, procuramos ouvir e no final defendemos sempre aquilo em que acreditámos. Podíamos ter feito melhor? É sempre possível fazermos melhor, mas eu sinto um grande orgulho naquilo que foi feito, e por isso quando fui convidado só coloquei uma condição foi que o Acácio e a Rosalina também viessem comigo. Pois faria algum sentido eu estar aqui a dizer-vos que fizemos um grande trabalho e agora a seguir varrer por completo todos aqueles que comigo trabalharam? Ou pior ainda, aceitar que fosse o partido a impor-me com quem é que eu devo trabalhar.

Meus amigos, na política como na vida não vale todo, os fins nunca podem justificar todos os meios. Por isso é desta forma que me apresento perante vós, orgulhoso daquilo que fizemos, e convicto que podemos fazer melhor se tivermos mais força, mais representatividade. Porque tantas vezes tivemos razão… 

Relembro o caso da água, quantas vezes dissemos que não faria qualquer sentido estarmos a concessionar a rede de distribuição de água, porque isso iria aumentar de forma muito significativa a fatura da água. Hoje já quase triplicou, com tendência para aumentar e para se avançar para a privatização, quando de facto a água que consumíamos e que consumimos é extraída no Concelho, e quando tínhamos uma estrutura de distribuição financeiramente equilibrada.

Tantas vezes dissemos que a única coisa que faria sentido era aderirmos a um sistema de distribuição em alta para garantir que no futuro não viéssemos a ter falta de água. Mas não foi essa a solução porque aquilo que se pretendeu foi fazer dinheiro, com a concessão da rede de distribuição, para se avançar com os 8 novos polos escolares. Num investimento global superior a 22 milhões de euros e em que o financiamento comunitário ascendeu a pouco mais de 14 milhões de euros, por isso era necessário pagar o resto, e todos nós pagámos e todos nós o estamos a pagar através da fatura da água. 

Mas o problema é que não temos crianças para tantos novos polos escolares, com menos 3 novos polos escolares, tínhamos resolvido o problema com a mesma qualidade e continuávamos com a rede de distribuição de água. Mas todo isto era tão óbvio na altura, mas o problema é que os assuntos não são discutidos com abertura. Os assuntos são decididos por uma pessoa e suportados por uma maioria que não se questiona, porque quando se questiona sabe que tem a cabeça a prémio. E é este estado de coisas que não podemos deixar perpetuar.

Também vos digo que o futuro me deixa apreensivo. Pelo estado do pais, e porque isso se está naturalmente a fazer refletir sobre as autarquias e a nossa não é exceção. Vivemos tempos difíceis e o futuro próximo não trará facilidades.

Tenho para mim que a receita para estes tempos difíceis passa por três coisas. A primeira é focarmo-nos naquilo que é essencial; cortemos nas festas e nas romarias, aliviemos o IRS e o IMI e concentremo-nos naquilo que é essencial. A segunda passa por respeitar as pessoas; e respeitamos as pessoas quando ouvimos as pessoas, quando trabalhamos com e para as pessoas.

Os políticos não se podem colocar no cimo dos seus pedestais a tomarem decisões como se fossem dotados da sabedoria absoluta. Temos que saber trabalhar com as associações, não basta apenas financiar, é necessário articular, é necessário colocar todos a trabalhar no mesmo sentido, evitando duplicações e gerindo recursos da melhor forma. A última regra é o bom-senso, tanto disparate teria sido evitado se houve-se apenas bom-senso.

Por tudo isto, peço o vosso apoio, o vosso e o daqueles que vos estão próximos, para que no próximo dia 29 de setembro possamos assistir a uma profunda mudança na forma como é governado o nosso Concelho.

Viva o Concelho de Oliveira do Bairro,
Viva o PS.
Oliveira do Bairro, 14 julho 2013
(Armando Humberto Pinto)