sábado, 21 de janeiro de 2012

TODA A VERDADE DO MUNDO

Em declarações prestadas ontem, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva foi confrontado com o facto de, como reformado do Banco de Portugal, receber subsídio de férias e de Natal.

Como resposta, disse:

“Neste momento já sei quanto é que irei receber da Caixa Geral de Aposentações. Descontei quase 40 anos uma parte do meu salários para a CGA como professor universitário e também descontei durante alguns 30 anos como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e devo receber 1300 por mês, não sei se ouviu bem 1300,00 euros por mês”, disse Cavaco, olhando o jornalista. “Tudo somado, o que irei receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações quase de certeza que não vai chegar para pagar as minhas despesas porque como sabe eu também não recebo vencimento como Presidente da República”, disse Cavaco.

É certo que o Presidente da República não esclareceu o valor da pensão relativa ao Banco de Portugal, mas uma fonte não oficial do Banco de Portugal já garantiu que o valor desta pensão oscila entre os 4.000,00 e os 6.000,00 euros por mês.

Refira-se que há sensivelmente um ano, o chefe de Estado decidiu prescindir do seu vencimentos como Presidente da República, no valor de 6.523,00 euros, vencimento este que a partir de Janeiro de 2011 deixou de receber tendo em conta a vigência de legislação que pôs fim à acumulação de pensões com vencimentos do Estado.

O Presidente da República acumula duas pensões, a de professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a de reformado do Banco de Portugal, que totalizam cerca de dez mil euros.

"Tudo somado não dá para pagar as despesas", disse ontem Cavaco Silva.

Esta declaração gerou uma onda de indignação que http://falemossinceramente.blogspot.com/ pode garantir ser absolutamente descabida. Na verdade, aquando da sua visita ao concelho de Oliveira do Bairro no início do passado mês de Outubro, o Presidente da República foi alvo de um gesto de simpatia por parte de um popular anónimo, que lhe entregou a carteira que, inadvertidamente caíu do bolso do casaco de Cavaco Silva.

Agradecendo o gesto, o Chefe de Estado fez menção de a retribuir a simpatia, oferecendo a carteira ao ilustre desconhecido que, ao abri-la, verificou que se encontrava vazia um estado que, percebe-se agora, será o estado natural da carteira presidencial.