O Museu Marítimo de Ílhavo vai ser ampliado com uma nova ala, que compreende um aquário de bacalhaus e um pólo de investigação, aproveitando a antiga escola preparatória nas imediações, anunciou o presidente da autarquia, Ribau Esteves.
O aquário vai corresponder a um prédio de três andares e receber 150 bacalhaus.
A inauguração das novas valências vai marcar os 75 anos do Museu Municipal que afirma a vocação histórica de Ílhavo para o mar e recebe, no conjunto, um investimento de quatro milhões de euros.
O aquário de bacalhaus, já em construção, representa uma fatia de 2,6 milhões de euros, a transformação da antiga escola preparatória corresponde a 1,1 milhões de euros, cerca de 200 mil euros vão para a programação das comemorações e 100 mil euros é quanto vai custar a manutenção do navio-museu Santo André, pólo do Museu Marítimo.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, revelando que o Santo André vai deixar temporariamente de estar atracado no canal de Mira, junto ao Jardim Oudinot, onde deverá regressar em Fevereiro, após reparações.
«Vamos somar à dimensão museológica já existente, a investigação, e contar o ecossistema do bacalhau com a instalação do aquário», explicou o autarca.
O aquário dos bacalhaus, que deverá ficar pronto em Outubro, «vai acrescentar à componente da pesca a história natural do Atlântico e motivar visitas ao Museu (foram 542.166 visitantes em dez anos), mesmo de quem já o conhece», observou o director do Museu, Álvaro Garrido.
O aquário vai corresponder a um prédio de três andares, com 150 bacalhaus de diferentes tamanhos e vegetação marinha, que podem ser observados à superfície e de diferentes ângulos, em espiral.
Os peixes virão da Noruega, fornecidos pelo Museu de Aalesunds, e o aquário será dotado de uma área técnica complexa, para garantir os processos de oxigenação, salinização e manutenção da temperatura, manobrada por um operador sob orientação técnica da Universidade de Aveiro.
Ao assinalar os 75 anos da sua fundação, o Museu Marítimo de Ílhavo entra num novo ciclo, assente em três vectores explicados pelo seu director: «reforçar a investigação aplicada ao projecto museológico, valorizar as suas colecções - e elaborar um discurso expositivo coerente entre elas - e alargar públicos em conjuntura adversa, aproveitando o momento festivo e os elementos de novidade que vai ter em 2012».
A imagem externa desse novo ciclo é dada por um novo logótipo, apresentado pelo vereador da Cultura, Paulo Costa, em tons de azul e com três gotas correspondentes às três valências do Museu e com o desenho de letras típico dos «dóris» (pequenas embarcações em que os homens pescavam o bacalhau à linha nos mares gelados do Atlântico Norte).
O sítio na internet é também substituído (o anterior tinha sete anos), apresentando-se mais intuitivo e de fácil navegação, com ligações ao Google Maps e a redes sociais, e terá também uma versão em inglês.
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