O que eu gosto mais no Executivo Municipal que lidera os supremos destinos do nosso concelho, é a preocupação que os seus membros têem de pensar o que é melhor para os outros.
E à pergunta, “afinal quem são os outros?”, respondo simplesmente que “os outros somos nós”: é a Rosa da peixaria, o Luís do talho, a Celeste empregada de limpeza, a Manuela dos Correios, a Sílvia funcionária pública, o Tó-Zé da padaria, a Rosa-Lídia do quiosque do Euromilhões, o Vitorino desempregado, a Anabela contínua da escola, a Maria Celene professora, o Fernando da mercearia, a Maria de Lurdes dona de casa, o Adélio agricultor, o Rogério do café, a Maria da Fé do supermercado, a Natália da loja dos 300, o Armando da tipografia, a Gina da florista, o Medeiros da funerária, o António Augusto da coudelaria, a Sofia Laura advogada, o Joaquim Jesus empreiteiro, o Mário Oliveira contabilista, e todas as outras pessoas que agora não me lembro o nome.
Tem sempre que haver alguém que pense por nós que saiba o que é melhor para nós, porque nós não temos capacidade para saber o que havemos de fazer em circunstâncias limite em que, por uma razão qualquer que por acaso até nos diz respeito a nós, temos de tomar uma decisão difícil e íntima.
Nós estamos cá para ser orientados; bem orientados. Alguém com consciência, educação e sentido do que é a vida há-de fazer uma reflexão sobre o nosso papel de munícipes do concelho para nos orientar no melhor caminho.
A nós só nos cabe fazer os disparates porque alguém saberá como nos colocar direitos nas linhas tortas.
Atenção, que eles são oliveirenses livres.
Os outros, que somos nós, não.
A nossa liberdade é a sua orientação e douta sabedoria.
Obrigada por haver quem nos guie!
Alma de Deus
Em reposição: anteriormente publicado no extinto http://blog.oliveiradobairro.net/)