domingo, 24 de julho de 2011

BEBÉ DEIXADO NUMA ESTRADA PARA SER ATROPELADO

O pequeno Roma, de 11 meses, só escapou porque uma condutora, milagrosamente, o viu a tempo. Aconteceu em Moscovo e a mãe arrisca prisão perpétua.

Um bebé de 11 meses deixado numa estrada à uma hora da noite para ser atropelado sobreviveu por a condutora de um carro o ter visto no último momento.

O caso aconteceu próximo de Mytishchi, na zona de Moscovo. O bebé encontrava-se logo a seguir a uma curva, numa estrada com escassa visibilidade, onde à noite passam muitos camiões em alta velocidade.

O caso, contado no canal televisivo Vesti e outros órgãos de comunicação, emocionou muita gente. Ao que parece, foi a mãe da criança, uma jovem de 23 anos chamada Elena, que decidiu matar o filho. Ela diz que o deixou ali para que alguém o encontrasse e tomasse conta dele, mas dadas as circunstâncias os procuradores não consideram essa versão credível.

Quando a condutora viu o bebé, reparou igualmente em dois adolescentes que se afastavam com quem fugia. Uma busca aos arbustos próximos rapidamente levou à descoberta de Elena e do seu irmão, Alexandre, de 20 anos, que a ajudou no ato. Tinham ficado ali a observar o que acontecia à criança.

Seis pessoas num contentor.
Por trás da história há uma realidade familiar dramática. A família a que os jovens pertencem não tem casa. No contentor de dois por quatro metros onde vivem há anos, além de Elena e Alexandre havia ainda os seus pais e uma criança de dois anos, igualmente filha de Elena.

Terá sido o desespero que os levou a tentar livrar-se do bebé - tanto mais que já não aguentavam o choro dele. Uma agente da Polícia viu que o bebé ainda respirava e chamou uma ambulância. Roma - este o seu nome - ainda conseguiu sobreviver. Se de saúde está bem, os psiquiatras dizem que não é impossível excluir totalmente a hipótese de sequelas psicológicas.

"A princípio achávamos que era um gatinho ou uma boneca. Abrimos o embrulho e vimos um bebé!", contou uma testemunha. A mãe e o irmão do pequeno Roma foram identificados e presos. Arriscam prisão perpétua.

"Deixar um bebé num sítio daqueles equivale a assassinato", diz uma representante da procuradoria. Falta saber em que consideração será tida a situação da família. Para já, Elena recusa revelar a identidade do pai do bebé.

Luís M. Faria, aqui