O pára-quedas recomendado pelo prof. Marcelo para que PSD e Passos Coelho não continuem a precipitar-se sondagens abaixo é introduzir "alguma coisa de qualitativo" no PSD, pois, pelos vistos, "quantitativo" já lá há que baste, sobretudo em loquacidade.
Para isso, porém, haverá que pôr de quarentena todos os recém-chegados dirigentes e candidatos que acham o momento propício para cobrar os seus 15 minutos de glória mediática. Ora se é fácil assegurar que Nobre, o "Cidadão", não volte a abrir a boca até 5 de Junho, como obstar a que o próprio Passos Coelho continue a falar e a desdizer-se dia sim dia não? E quem conseguirá arrancar o novel vice-presidente Diogo Leite de Campos de jornais e TV, depois de lhes ter tomado o gosto?
O caso de Leite de Campos é paradigmático: num almoço patrocinado por uma empresa "líder mundial de cartões pré-pagos", reclama que os apoios sociais sejam atribuídos em géneros e através de... cartões pré-pagos, e à "Visão" garante que o programa do PSD para a área económica e financeira está, afinal, pronto "há meses" e tem 600 páginas, isto depois de Passos Coelho ter garantido que esse programa "é" o do FMI.
Como saberá Leite de Campos quantas páginas tem o programa do FMI? E, já agora, nessas 600 páginas estarão incluídas as páginas com "ajudas à produção" e patrocínios?
Como aconteceu com Nobre, lá terá que vir alguém do PSD "explicar" Leite de Campos aos eleitores.
Manuel António Pina, aqui
