Uma igreja foi hoje incendiada no Egito por uma multidão que atacou o templo depois de terem morrido dois muçulmanos da mesma família, que lutaram porque a filha de um deles tinha uma relação amorosa com um cristão.
Os falecidos são um camponês e um familiar seu, que morreram durante a noite na aldeia Sol, ao sul do Cairo, devido a uma rixa que degenerou em tiroteio, do qual também resultou mais uma pessoa ferida da mesma família, segundo uma fonte dos serviços de segurança egípcios citada pela agência de notícias Mena, conforme notícia a EFE.
A discussão começou porque a filha do agricultor namorava com um comerciante cristão e os seus parentes não viam com bons olhos a relação.
Hoje, depois do funeral dos falecidos, um grande número de pessoas dirigiu-se para a igreja dos "Dois Mártires" e incendiou-a, tendo também sido destruído o seu mobiliário.
A Proteção Civil e os bombeiros egípcios acorreram ao local para evacuar os religiosos que se encontravam no templo, não havendo registo de feridos.
O ministério do Interior fez um apelo aos cidadãos para conterem os efeitos deste acontecimento e para não se juntarem aos "elementos que têm como objetivo promover a violência sectária", reportou a Mena.
Na última noite de 2010, um total de 23 pessoas morreram num atentado contra uma igreja na Alexandria, na costa mediterrânica egípcia.
Segundo as autoridades egípcias, o grupo palestiniano Exército do Islão, vinculado com a Al Qaeda, foi o responsável pelo planeamento e execução do ataque.
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