A série norte-americana da autoria de Matt Groening ficou à frente de produtos como 'Rua Sésamo' ou 'Looney Tunes'.
A série norte-americana Os Simpsons foi considerada a maior marca televisiva de todos os tempos. A conclusão é de um estudo apresentado na feira internacional Brand Licensing Europe 2010, em Londres, que incluiu a opinião de 450 peritos em licenciamento. A série, protagonizada pela família amarela mais famosa do mundo, obteve 31% dos votos, à frente de Rua Sésamo (26%) e de Looney Tunes (com 10%).
Elsa Gomes, directora-geral da Copyright Promotions Ibérica, agência que licencia esta marca, explica o sucesso da série de Matt Groening. "O consumidor acompanha-a ao longo da vida. Enquanto criança interessa- -se pela cor e animação dos bonecos, em adolescente pela irreverência e humor ácido das personagens e em adulto pelas histórias actuais. Tudo isto faz com que Os Simpsons seja uma das poucas séries animadas que cruzam várias gerações em simultâneo."
Na imaginária cidade de Springfield, uma família tipicamente americana de classe média protagoniza aventuras em que a sátira e a crítica mordaz, aliados ao humor, estão sempre presentes. E já vai para mais de 450 o número de emissões transmitidas. A primeira realizou-se a 17 de Dezembro de 1989 e, até hoje, a família amarela continua a entrar em milhões de lares em todo o mundo.
As últimas polémicas.
Esta série, transmitida na FOX, não está alheia à actualidade. Uma das últimas aventuras decorreu dentro de uma igreja católica, facto que fez correr muita tinta. Depois disso, o L'Osservatore Romano, jornal oficial do Vaticano, teceu elogios rasgados ao produto. "É uma das poucas séries em que a fé cristã, a religião e as questões sobre Deus são recorrentes."
No entanto, o argumentista da série, Al Jean, refutou qualquer relação entre as personagens e a Igreja. "Mostramos claramente que Homer não é católico. Ele nunca iria deixar de comer carne às sextas-feiras", atirou.
A abertura de um episódio criada pelo graffiter britânico Bansky também gerou polémica. A cidade de Springfield aparece coberta por graffiti, e, quando a família se senta no sofá, surge a imagem de trabalhadores de uma fábrica que pintam réplicas de merchandising de produtos dos Simpsons. Com uma banda sonora triste, vêem-se cavernas sujas, ossos humanos e ratos, onde crianças e jovens asiáticos fabricam os negativos da animação.
Márcia Gurgel, aqui