sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RANKING DAS ESCOLAS COM ACENTUADA CLIVAGEM DE NOTAS ENTRE LITORAL E INTERIOR


Tal como nos rankings elaborados para as classificações do 12.º ano, são os estabelecimentos privados que lideram no 9.º ano. A maioria das 1303 escolas da lista não atingiram a classificação média de 3 valores nos exames.

As classificações obtidas pelos alunos internos do 9.º ano de escolaridade nos exames de Língua Portuguesa (língua materna) e Matemática permitem verificar que a listagem das 25 primeiras escolas com melhores médias são estabelecimentos de ensino privados.

Com efeito, os lugares cimeiros do ranking são liderados, maioritariamente, por instituições de ensino privado do Porto (sete) e de Lisboa (cinco). Os três primeiros lugares são ocupados por instituições de grandes centros urbanos: Porto (Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus), Lisboa (Externato As Descobertas) e Coimbra (Escola Secundária Infanta D. Maria).

O panorama já é diferente quando se analisa o fundo da lista. Se atentarmos nas escolas que ocupam os últimos 25 lugares, concluímos que a grande maioria (21) pertencem ao ensino público, enquanto apenas quatro são do ensino particular.

Numa análise pelas classificações obtidas nos exames da primeira chamada das duas disciplinas, verifica-se que a escola que obteve a melhor classificação média a Língua Portuguesa foi a Es cola Portuguesa de Díli (apenas com um exame). Contudo, é preciso ter em consideração que os resultados deste estabelecimento de ensino - assim como todos os outros situados fora de Portugal - são afectados pelo facto de a maioria dos alunos ter prestado exame de Língua Portuguesa enquanto língua não materna.

Assim, se atendermos aos resultados em escolas onde a Língua Portuguesa é materna, então o primeiro lugar do ranking naquela disciplina cabe ao Externatos das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, no Porto. Já no que se refere ao exame da discipina de Matemática, o primeiro lugar coube ao Colégio das Terras de Santa Maria, situado em Santa Maria da Feira.

Se olharmos, agora, para as médias de exame e as médias de frequência, constatamos uma grande discrepância: no total de 1303 escolas, 752 demonstram uma média de frequência superior a 3 valores, enquanto apenas 408 obtiveram a mesma média nos exames.

Fernando Basto, aqui