domingo, 4 de novembro de 2012

CANGALHEIROS

O JN é comprado todos os dias em média por 75 mil clientes. Leitores são quase um milhão

Falo de dados oficiais, que podem ser verificados. E que são a única resposta possível aos que desfiam um rosário de contas em antecipado responso, ou, como pude ler na blogosfera, "a caminho do cemitério" na versão de um cangalheiro que, em tempos, não teve arte nem engenho gestionário para fazer de "O Jogo" o jornal que hoje é, e tratou que o JN se desfizesse desse irmão mais novo. Vendendo-o...


Apesar de a austeridade que a todos ataca mas que ataca ainda mais forte quem vive na Região Norte de Portugal, o JN é o que os números atrás citados revelam. E temos outros: em outubro, a apenas oito meses de celebrar os 125 anos de existência, o JN ultrapassou os 40 milhões de "page views" no seu site na Internet.

Engana-se, pois, quem desfia por nós um rosário de penas. O nosso fado é outro, porque antecipamos com coragem a crise que estamos a viver. E está longe de ser vencida.

Sabemos, agora, depois de termos desinvestido qualquer coisa como três milhões de euros em produtos para adoçar a boca aos clientes, que os 75 mil que nos preferem é porque confiam na nossa informação. E só!

E, agora, também sabemos, precisamente pelo mesmo despojamento em brindes, que é a mesma relação de confiança na qualidade da nossa informação que motiva os nossos leitores na net.

Se os que ainda têm poder de compra não se queixam, o nosso acionista também não. Ou já me teria demitido da função. Acontece que o desempenho empresarial do JN também não merece responso: em agosto último, os nossos resultados operacionais eram positivos, na casa dos 4,8 milhões de euros, superando os homólogos de 2011.

Milagre?

Não! Soubemos poupar e poupar onde sabemos que a crise acabará por arrasar todos os rácios: em bugigangas, antes do mais.

Mas cada um saberá da sua vida. Menos os cangalheiros e todos podemos perceber porquê: afinal, o seu sustento vem da morte.

É claro que o JN sabe que nem tudo depende de si: a crise é o que todos vemos e sentimos, o Norte esta a pagá-la ainda mais cara pela longa ausência de poder político local, metropolitano e regional consistente com as necessidades, as urgências ou com as potencialidades sucessivamente diluídas e mesmo desperdiçadas em políticas nacionais adversas, para não dizer adversárias da região.

Ciente da sua missão de dar aos seus leitores as notícias, todas as notícias, com todos os ângulos possíveis e todos os atores sociais, económicos e políticos disponíveis, o JN sabe qual é o seu papel solidário no renascimento do Norte na produção de riqueza e de trabalho. 

Retirada daqui