terça-feira, 25 de setembro de 2012

ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM OLIVEIRA DO BAIRRO

A iluminação pública é essencial à qualidade de vida nos centros urbanos, actuando como instrumento de cidadania, permitindo aos habitantes desfrutar, plenamente, do espaço público no período nocturno.


Além de estar directamente ligada à segurança pública no tráfego, a iluminação pública previne a criminalidade, embeleza as áreas urbanas, destaca e valoriza monumentos, prédios e paisagens, facilita a hierarquia viária, orienta percursos e aproveita melhor as áreas de lazer.

A qualidade dos sistemas de iluminação pública visa, por isso, a melhoria imagem das aldeias, vilas e cidades, favorecendo o turismo, o comércio, e o lazer nocturno, ampliando a cultura do uso eficiente e racional da energia eléctrica, contribuindo, em suma, para o desenvolvimento social e económico das populações.

Não obstante, o que se verifica em Oliveira do Bairro desde o início deste mês de Setembro, é que a iluminação pública do concelhia tem entrado em funcionamento já  quanto a escuridão da noite cerrada se faz sentir.

E por isso, dada a ausência de iluminação mesmo depois das 20.00 h, é normal verem-se os munícipes socorrerem-se das luzes dos veículos para conseguirem ver por onde passam e o que pisam, o que até não sendo nada fácil em alguns locais, acaba por se complicar ainda mais quando a lama e a chuva também estão presentes.

A questão já foi suscitada na última reunião da câmara municipal e na última sessão da assembleia municipal, e na resposta dada o presidente da câmara referiu que os candeeiros estão equipados com relógios astronómicos, pelo que o horário será lentamente ajustado, o que representa uma poupança significativa.

Como está bem de ver, ninguém está contra a poupança significativa; mas a verdade é que esta não pode ser garantida à custa da total escuridão. E por isso, o que importaria é que a iluminação passasse a ser accionada imediatamente após o crepúsculo da noite, fazendo-se a poupança através de um plano que passe pela desligação de alguns postes de forma ponderada e correcta, a ser elaborado de acordo com todas as juntas de freguesia, o qual teria o entendimento e o acolhimento das populações.


Uma medida que, para além do mais, faz todo o sentido no Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, o que bem poderia determinar a adopção pelo município de um plano de optimização energética, uma medida que inserida numa política ambiental que, a pouco e pouco, fosse sendo implementada pela autarquia no sentido de adoptar comportamentos que sejam menos prejudiciais ao ambiente e que, neste caso, contribuam para a diminuição das emissões de CO2.


Por outro lado, a iniciativa contribuiria de modo efectivo para a redução dos custos da iluminação pública suportados pelo município, e seria garantido pela interrupção de energia eléctrica em parte da rede de iluminação pública, assegurando contudo que apenas fossem desligadas as luzes que efectivamente não são indispensáveis, em obediência a um levantamento e georreferenciação das luminárias e à adopção de medidas de consciencialização dos munícipes para a necessidade de promover uma utilização sustentável dos recursos energéticos.


Vá lá, senhor presidente, não desperdice esta ideia, só porque vem de alguém que está na oposição!