sexta-feira, 20 de maio de 2011

FUSÃO DOS MUNICÍPIOS DE AVEIRO, ÍLHAVO E VAGOS DEFENDIDA POR RIBAU ESTEVES

O social-democrata Ribau Esteves defendeu, esta quinta-feira, a extinção de cerca de metade dos municípios do país, entre os quais aquele a que preside, Ílhavo, que acredita dever fundir-se com os dois concelhos vizinhos, Aveiro e Vagos.

"A maior parte dos nossos municípios não tem sustentabilidade no futuro próximo", disse à Lusa Ribau Esteves, defendendo a "redução para cerca de metade dos municípios portugueses".

Ribau Esteves, que falava à margem de uma conferência em Caldas da Rainha, discorda dos que "focalizam no poder local o problema da reforma do Estado", mas defende que poderão haver "ganhos de eficiência e de gestão ao nível de uma reforma do poder local".

Ílhavo, o município a que preside, " tem uma oportunidade com um processo de fusão com os dois municípios vizinhos", Aveiro e Vagos, que no conjunto ganhariam " uma escala populacional da ordem dos 150 mil eleitores e 200 mil habitantes e com um conjunto de fortalezas ao nível das dinâmicas sócio-económicas", explicou.

Ribau Esteves acrescentou que a hipótese de fusão tem vindo a ser discutida entre os três autarcas nos últimos anos e que "há uma pré-disposição positiva de todos para esta operação" em que até o nome a adoptar já está escolhido.

"Não temos que nos zangar em relação ao nome, chamamos-lhe Aveiro, Ílhavo e Vagos, por ordem alfabética", adiantou. O autarca alertou para a "necessidade urgente" de serem estudados e definidos os critérios da reforma do poder local.

"É preciso olharmos para o nosso país e vermos como é que ele pode ser sustentável, como podemos ter dinheiro para pagar a sua existência, nomeadamente aquilo que é o Estado, daqui a cinco ou dez anos", propôs, alargando o desafio aos municípios.

"Eu já sei com clareza que o meu município não vai ter capacidade de investimento em 2013", afirma, apesar de Ílhavo ter batido, em 2010, "o recorde de investimento de todos os tempos" e de perspectivar para 2011 "um ano muito bom e, em 2012, um ano ainda razoável".

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