Prevenir significa tomar medidas para evitar um mal.
A noticia que li esta semana, a propósito do aumento de casos de VIH entre homossexuais inquietou-me. Os dados divulgados pela Comissão de Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida registam um aumento dos casos em Portugal, e, segundo o coordenador nacional, Henrique Barros, existirá alguma "fadiga da prevenção", que originará menores cuidados de prevenção por parte dos sujeitos, fomentando mais riscos de transmissão.
O cansaço com o tema e as referências à sida como "doença crónica" podem levar os jovens a "baixar as guardas" diz o coordenador. Os dados são sempre assustadores e traduzem aquilo que é a situação em Portugal e por isso importa relembrá-los: do total de casos notificados em 2009, 19,7 % são homossexuais, 61,2% são heterossexuais e 14,8% são toxicodependentes.
Esmiuçando os dados, verifica-se que entre 2005 e 2009 os casos diagnosticados na população homossexual aumentaram de 7,9% para 13,1%, ou seja, mais 5,2%. E em portadores assintomáticos aumentou de 14,2% para 21,2%, ou seja, 7%. Estes dados demonstram que é necessário continuar as medidas de prevenção, não há outra hipótese. Utilizar o preservativo em todas as relações continua a ser a única precaução eficaz contra a transmissão de uma infecção sexualmente transmissível.
Basta uma vez para que TUDO aconteça, e por isso é importante que cada um - homem, mulher, heterossexual ou homossexual, seja previdente. O preservativo é uma coisa boa, e em bom português mais vale prevenir que remediar.
Marta Crawford, aqui
