segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

TER 30 PARCEIROS DIFERENTES FAZ BEM À SAÚDE DAS ABELHAS

As abelhas podem acasalar com vários machos durante um voo nupcial.
 
Eles morrem depois da cópula, elas guardam o sémen para produzir descendência o resto da vida. E quanto mais, melhor
 
No que toca à reprodução no mundo animal os machos têm normalmente a fama de serem mais promíscuos – acasalam com tantas fêmeas quanto possível para garantirem que um maior número de crias herda o material genético.
 
As fêmeas, por outro lado, dedicam mais tempo a escolher o macho com as melhores características, mas ficam-se normalmente por uma única escolha. Contudo, toda a regra tem exceção: as abelhas podem acasalar com mais de 20 parceiros diferentes.
 
Durante os voos nupciais as futuras abelhas rainhas acasalam com o maior número de machos possível. Os machos morrem após a cópula, enquanto as fêmeas acumulam o sémen e começam a construir a colmeia. O esperma armazenado vai fertilizar todos os ovos que colocar ao longo da vida.
 
As obreiras que nascerem desses ovos serão tanto mais produtivas quando mais parceiros a abelha rainha tenha tido durante o voo nupcial, lê-se na BBC. Esta promiscuidade das abelhas aumenta a variabilidade genética das filhas e, consequentemente, melhora a resistência a doenças.
Curioso com a promiscuidade feminina nos insetos, Hector Cabrera-Mireles, investigador no Departamento de Entomologia e Nematologia da Universidade da Flórida (Estados Unidos), quis descobrir que animal tinha mais parceiros masculinos.
 
A abelha-europeia pode acasalar com cerca de 20 parceiros, enquanto a abelha-asiática pode chegar aos 30. Mas a recordista é a abelha gigante do sul e sudeste asiático (Apis dorsata) que, segundo Hector Cabrera-Mireles, chegou aos 53 parceiros diferentes.
 
Ganhou a abelha-gigante-asiática, porque a fêmea do besouro-azul-serralha (Chrysochus cobaltinus) foi desclassificada. Tinha acasalado com 60 vezes, mas não tinha sido sempre com machos diferentes.
 
Retirada daqui