terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ATIVISTAS QUE APOIARAM RESGATE DO MARRETA QUEREM DINHEIRO DE VOLTA

Fiel depositário do touro que fugiu em Julho passado da cerca na Palhaça mostrou-se “surpreendido” com a exigência de devolver quantia angariada.

“O dinheiro serviu para pagar ao dono e a deslocação para o trazer foi à minha custa. Aconteceu um azar,  desapareceu e nunca mais foi visto. Não posso fazer nada por isso”,  declarou João Jacinto, promotor do grupo informal SOS Equinos que acolhe animais em perigo e a quem estava entregue a responsabilidade de encontrar um “santuário” onde o Marreta pudesse viver o resto dos seus dias.

O movimento “Touros em fuga”, dinamizado através do Facebook, angariou 1560 euros de donativos, dos quais 182 euros seriam para assegurar o transporte.

O animal foi resgatado em Viana do Castelo, onde já tinha escapado do anterior dono quando ia a ser levado para o matadouro.

“Sentimo-nos enganados pois não sabemos do touro Marreta e, por isso, não podemos ter a certeza de que o dinheiro que entregamos foi para lhe poupar a vida”, lê-se numa tomada de posição colocada a circular pelas redes sociais “sem querer fazer juízos de valor”.

Os autores esperam, agora, recolher apoios para a restituição das quantias entregues junto dos promotores dos movimentos “Touros em fuga e SOS Equinos”.

O Marreta, um boi de 400 quilos conhecido por ter apenas um corno (o outro quebrou quando fugiu a caminho do matadouro) saltou a cerca onde fora acolhido em Oliveira do Bairro e ainda foi visto a correr pelas ruas próximas, desaparecendo nos pinhais. Populares e GNR chegaram a organizar batidas e encontraram algumas pistas mas sem nunca o voltar a ver, admitindo-se que possa ter caído em lagoas ou saltado a auto-estrada.

O touro foi criado por um agricultor de Perre, em Viana do Castelo de quem fugiu, na primeira vez, ao ser puxado pelo camião que o deveria ter levado ao matadouro local.

O Marreta seria capturado ao fim de seis dias em fuga e foi salvo do destino através de uma campanha de angariação de fundos muito mediática.

Retirada daqui