Abril
será sempre: Verdade, Liberdade e Desenvolvimento!
Verdade que falta na ação, nos processos das
instituições que suportam e alimentam as comunidades das nações.
Liberdade de ação num tempo em que os
interesses económicos subjugam os mais fracos aos mais ricos.
Desenvolvimento, que é um desidrato que
obrigatoriamente preside, sobretudo nas regiões mais desfavorecidas do globo,
nomeadamente no nosso país.
Viver e comemorar Abril é lembrar estas
coisas simples, para alguns ultrapassadas, mas indispensáveis à democracia e à
salutar correlação entre os cidadãos.
Recordar Abril é olhar com esperança e
suscitar novos anseios, onde estes três conceitos têm como centro de
preocupação os cidadãos portugueses.
Comemorar o 25 de Abril, serve para realçar e
relançar ideais de progresso e modernidade num tempo sem contemplações para a
falta de conhecimento e de estratégias inoperantes.
Exaltar o 25 de Abril é acreditar que existe
futuro sem tempo para desânimos ou laxismos. É este o momento em que temos de
acreditar, apelando cada um de nós aos sentimentos que presidiram à nossa
histórica, pacífica e exemplar Revolução dos Cravos.
Todos não somos demais para lutar contra o
desalento e o desânimo reinantes em cada um de nós.
O nosso país não está perdido, mas vive um
momento de aflição só ultrapassável, com pequenas revoluções, que todos nós
temos de operar no nosso dia a dia, pessoal, profissional e comunitário.
Não vou fazer lamentações, mas antes refletir
procurando desenvolver ânimo e daí vontade de lutar por um país que, apesar de
tudo, resiste e mostra potencialidades para se afirmar enquanto nação. Entendo
que em todos os locais esta é a atitude que nos deverá nortear e que quem
governa deve saber interpretar.
Neste tempo difícil que vivemos, aos
políticos pede-se verdade e trabalho, sem falsas promessas e, aos cidadãos
lembrar que sem trabalho nada se consegue.
Acima de todos e de cada um de nós deve estar
o país, pois a situação é demasiado preocupante e difícil para que e,
essencialmente os partidos, possam pensar e agir de outra forma.
Os grandes homens não o são pelas brilhantes
ideias que têm, mas pelo que delas fazem.
O nosso país que viveu acima das suas
possibilidades tem de acordar de vez e levantar-se, como fez noutros períodos difíceis
da sua história.
Existe um sentimento de revolta contra a
impunidade de alguns, normalmente os mais fortes, e penalização dos mais
fracos.
Permanecem ainda muitos devaneios na classe
política, mas também nas outras classes.
Abril é tempo de consensos e sacrifícios para
todos. É tempo de fazer imperar o desígnio nacional que a todos congregue rumo à
saída desta crise.
Neste dia, em que comemoramos 39º 25 de Abril
no concelho de Oliveira do Bairro, entendo que devemos juntar a nossa voz aos
demais portugueses dando força a quem dela precisa para que seja feito o que é
necessário.
A realidade do país perpassa para todo o
território, por isso o nosso concelho vive também com esses problemas, com
algumas das controvérsias, com dificuldades, mas também com muita vontade e
determinação de vencer.
No nosso concelho, salvaguardando todas as
diferenças, existe uma grande determinação, empenho e entusiasmo que tem feito
dessas premissas a alavanca do nosso desenvolvimento.
Tem estado ao serviço de Oliveira do Bairro
em todas as áreas, a conjugação de experiencia com juventude e conhecimento
técnico e cientifico com as tradições locais.
Apesar de tudo, muito falta fazer, temos de
continuar a criar riqueza e novos postos de trabalho, muito depressa.
Devemos ser críticos de nós próprios e muito
exigentes.
Ao Executivo Municipal pede-se intervenção e
exige-se ação no terreno, e assim tem acontecido.
À Assembleia Municipal pede-se fiscalização e
acompanhamento dessa atividade, mas também se pede debate e reflexão sobre
todos os assuntos.
Por isso, é aqui que se deve fazer o debate
necessário e suficiente sobre todas as questões do concelho. Assim, devemos
fazer daqui sem receio, sem preconceitos, sem falsos moralismos, tudo o que
pudermos e da forma que soubermos para influenciar no sentido de que seja feito
o melhor para o nosso concelho.
Aqui é o lugar da palavra, assim a saibamos
utilizar. É fundamental que saibamos interpretar e respeitar as palavras de
cada um, para que delas retiremos o que de facto é importante.
Não podemos desistir, é importante falarmos.
Devemos fazê-lo entusiasmando e contagiando todas as áreas de intervenção,
desde a economia, passando pela cultura e, chegando à solidariedade social.
Criticar mas também reconhecer o que tem sido
feito nas áreas da educação, da cultura, do social e do associativismo.
Comemorar Abril é também reconhecer o que o Executivo
Municipal tem feito, ter esperança e querer mais.
Nesta comemoração do 39º 25 de Abril, dia
histórico, em que se assinala a liberdade e o progresso, quero também salientar
a contribuição do poder local no incontestável desenvolvimento operado no nosso
país.
Queremos senhor Presidente da Câmara
continuar a contar consigo, com a sua determinação, o seu arrojo e a sua
persistência, para elevar o Concelho de Oliveira do Bairro, a um patamar ainda
mais elevado, fazendo jus ao mérito do poder local.
Termino, reafirmando que é em conjunturas
como esta que o diálogo, a interpelação e o confronto de ideias mais
importantes se tornam, na medida em que podem contribuir para novas estratégias
e orientações. Ouvindo-nos uns aos outros, sem levarmos a mal, fazendo
autocritica, ganhamos forças e vontade para ultrapassar os dificílimos tempos
que vivemos.
VIVA O 25 DE ABRIL , VIVA PORTUGAL!