Quarenta anos depois do seu aparecimento, o código de barras continua a ser uma ferramenta importante para as cadeias de distribuição e para os consumidores, disse à Lusa um responsável da GS1, empresa que gere esta tecnologia em Portugal.
Em entrevista à Lusa, o diretor executivo da GS1 Portugal (Codipor-Associação Portuguesa de Identificação e Codificação de Produtos), João de Castro Guimarães, informou que a celebração desta tecnologia vai começar na quarta-feira (03 de abril) e só termina em 2014.
Na quarta-feira, a GS1 Portugal vai divulgar alguns trabalhos sobre o código de barras, entre os dias 20 e 23 de maio, a efeméride vai ser assinalada na Assembleia-Geral da GS1 em Los Angeles, nos Estados Unidos, com a apresentação do livro "The Secret Life of the Bar Codes", de John Berry, e, em fevereiro, de 2014 vai ser feito um balanço no Fórum Global em Bruxelas.
Na quarta-feira, a GS1 Portugal vai divulgar alguns trabalhos sobre o código de barras, entre os dias 20 e 23 de maio, a efeméride vai ser assinalada na Assembleia-Geral da GS1 em Los Angeles, nos Estados Unidos, com a apresentação do livro "The Secret Life of the Bar Codes", de John Berry, e, em fevereiro, de 2014 vai ser feito um balanço no Fórum Global em Bruxelas.
O diretor executivo da GS1 Portugal salientou que este ano celebra-se os 40 anos da seleção de um ‘standard’ (norma) único para a identificação dos produtos e em 2014 comemora-se a primeira leitura de um código de barras.
"Os códigos de barras ajudaram a implementar a distribuição, revolucionando processos de negócio e dando maior eficiência às cadeias de valor", explicou, realçando que em Portugal esta tecnologia só foi implementada em 1985.
O diretor executivo da GS1 Portugal contou à Lusa que as bases da criação do código de barras foram lançadas em 1948 nos Estados Unidos por Joe Woodland e Bob Silver, que desenvolveram um sistema para um supermercado de bairro capaz de identificar os produtos à saída da caixa.
"Como tudo leva o seu tempo, só a 03 de abril de 1973 os líderes do retalho nos Estados Unidos selecionaram um ‘standard’ único", disse, destacando que este código ainda hoje é conhecido como Código de Barras GS1.
Só em 1974 um pacote de pastilhas elásticas veio a tornar-se no primeiro produto com um código de barras GS1 a ser lido (através de um ‘scanner’) num supermercado da cadeia Marsh, no estado de Ohio, Estados Unidos.
Para João de Castro Guimarães, aquelas barras pretas verticais e os 13 dígitos que contém informações sobre o produto, apesar de fazerem parte do dia-a-dia dos portugueses há quase 28 anos, "passam completamente despercebidos".
"Os três primeiros dígitos (560) dizem respeito ao país em que a empresa produtora está registada, os quatro seguintes identificam a empresa, os outros cinco são a referência do produto e o último é um dígito de controlo", explicou.
No respeita às barras pretas verticais, a largura das riscas e o espaço entre elas são únicos para cada produto.
Segundo João de Castro Guimarães, os códigos de barras são uma representação gráfica de dados numéricos e alfanuméricos, sendo a leitura dos dados realizada por um ‘scanner’ que emite um raio infravermelho ao longo das barras, fazendo com que o computador converta os dados capturados em letras ou números (talão, recibo do supermercado entregue ao cliente).
"Em Portugal, os códigos de barras foram implementados e usados com sucesso em novembro de 1985 num hipermercado (primeiro Continente a abrir no país) de Matosinhos e tiveram um papel importante na implementação da distribuição, porque permitiu gerir ‘stocks’ de maneira até aqui impensável", disse.
Dados de 2012 a que a empresa teve acesso apontam para o processamento de 8 biliões de bips (leitura de códigos de barras nas saídas dos hipermercados e supermercados) por dia em mais de 10 milhões de artigos.
"Tendo começado no retalho, somos uma associação com 7.013 empresas associadas que correspondem a 25 setores da sociedade", referiu.
Quanto ao consumidor, João de Castro de Guimarães diz que os códigos de barras dão mais segurança e fiabilidade aos produtos adquiridos.
No futuro, adiantou, a GS1 quer "rastrear a experiência feita no retalho para o setor da saúde independentemente das suas especificidades".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa
Retirada daqui