A simulação do cérebro humano num supercomputador para o conhecer melhor e curar doenças é o objetivo do Projeto do Cérebro Humano, que vai receber 1,19 mil milhões de euros da União Europeia e envolve a participação de Portugal.
Reconstruir o cérebro humano, peça por peça, através de modelos e simulações produzidas por um supercomputador, de modo a perceber o seu funcionamento, é o objetivo do Projeto do Cérebro Humano.
Participação da Fundação ChampalimaudO projeto envolve 80 instituições científicas europeias e mais de 200 investigadores. A participação portuguesa é feita através de Zachary Mainen e Rui Costa, do Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud.
Os investigadores da Champalimaud irão participar a dois níveis, explica Zachary Mainen: "Por um lado contribuiremos para o estabelecimento de uma relação entre ações, comportamentos e os circuitos neurais que estão na sua génese; por outro, pretendemos desenvolver modelos computacionais que nos permitam integrar e processar esta informação."
Para Rui Costa, "será uma oportunidade única para a partilha de conhecimento e para o desenvolvimento de modelos que permitirão compreender a complexidade dos circuitos neurais que compõem o cérebro humano."
Competitividade da ciência feita em Portugal
Para Ministério da Educação e Ciência, o Projeto do Cérebro Humano "tem grande potencial para a saúde e a compreensão do comportamento humano." A Fundação para a Ciência e Tecnologia, por sua vez, considera que a participação portuguesa "é o reflexo direto da competitividade internacional que a ciência feita em Portugal detém."
Para Rui Costa, "será uma oportunidade única para a partilha de conhecimento e para o desenvolvimento de modelos que permitirão compreender a complexidade dos circuitos neurais que compõem o cérebro humano."
Competitividade da ciência feita em Portugal
Para Ministério da Educação e Ciência, o Projeto do Cérebro Humano "tem grande potencial para a saúde e a compreensão do comportamento humano." A Fundação para a Ciência e Tecnologia, por sua vez, considera que a participação portuguesa "é o reflexo direto da competitividade internacional que a ciência feita em Portugal detém."
A coordenação do consórcio de 80 centros de investigação está a cargo de quatro instituições: Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne, Universidade de Lausanne e Centre Hospitalier Universitaire Vaudois, Suíça; e Universidade de Heidelberg, Alemanha.
E poderá contar ainda com parceiros norte-americanos e japoneses.
O projeto deverá arrancar ainda em 2013 e prevê-se que tenha um grande impacto no desenvolvimento da medicina, da neurociência e da computação na Europa e no Mundo, sendo considerado uma espécie de CERN (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear) do cérebro.
500 milhões para investigar grafeno
A CE anunciou a seleção do Projeto do Cérebro Humano como um dos dois projetos vencedores da Future and Emerging Technologies Flagship Projects, uma iniciativa europeia que pretende responder aos maiores desafios da ciência.
A CE anunciou a seleção do Projeto do Cérebro Humano como um dos dois projetos vencedores da Future and Emerging Technologies Flagship Projects, uma iniciativa europeia que pretende responder aos maiores desafios da ciência.
O outro projeto de investigação, que terá um financiamento de 500 milhões de euros da Comissão Europeia, incide sobre o grafeno, a forma do carbono descoberta em 2010 que tem um grande potencial de aplicação na indústria eletrónica.
É promovido pelo consórcio Graphene Flagship, reúne 600 equipas de investigação em toda a Europa e é liderado em Portugal por Nuno Peres, da Escola de Ciências da Universidade do Minho, envolvendo investigadores portugueses e estrangeiros desta universidade, das universidades de Aveiro e do Porto, do Instituto Ibérico de Nanotecnologia (que tem sede em Braga) e do Instituto Superior Técnico.
A iniciativa vai receber um financiamento de 1,19 mil milhões de euros da Comissão Europeia nos próximos 10 anos e irá produzir ferramentas, baseadas em tecnologia de informação e computação, que irão revolucionar o conhecimento do cérebro e permitir que este venha a ser aplicado na medicina.
Todo o conhecimento existente sobre o cérebro humano será concentrado nesse supercomputador e os referiodos modelos abrirão as portas ao conhecimento das doenças do cérebro, bem como permitirão o desenvolvimento de novas tecnologias computacionais e robóticas.
Todo o conhecimento existente sobre o cérebro humano será concentrado nesse supercomputador e os referiodos modelos abrirão as portas ao conhecimento das doenças do cérebro, bem como permitirão o desenvolvimento de novas tecnologias computacionais e robóticas.
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