quinta-feira, 5 de julho de 2012

ALAMEDA DA CIDADE

O JB tem por missão defender as causas da Bairrada e informar a população bairradina sobre os problemas ou mais-valias, transversais ou setoriais à região, que afetam partes pequenas ou significativas da população, sobre os novos projetos que podem mudar a face das nossas terras, de nos atormentar os bolsos ou transfigurar a identidade.

Por isso estivemos e tomámos partido nas polémicas que precederam a criação da região demarcada da bairrada, defendemos a liberdade no pós 25 de Abril, apoiamos e divulgámos as obras estruturantes na nossa região como tantas vezes criticámos os dirigentes políticos nacionais por não agirem ou fazerem obras desnecessárias.


Porque a memória, mesmo quando foi escrita, continua a ser tão curta, dou apenas alguns exemplos mais recentes: informámos e acompanhámos a luta de Anadia pelo não encerramento das urgências, apoiamos entusiasticamente o lançamento do Instituto Industrial da Bairrada, abertamente criticámos o negócio da transferência das águas municipais para a ADRA. 

Também ajudámos as terras e os municípios a promoverem as suas feiras, as zonas industriais e sempre colaboramos de forma empenhada na divulgação das obras que tragam mudanças significativas às populações residentes.

Por isso, relançámos as conversas de café e para o primeiro debate levámos o assunto de momento em Oliveira do Bairro: a nova Alameda da Cidade. É uma obra importante, que mudará visual e definitivamente para melhor o centro de Oliveira do Bairro. Vai alterar a vida das pessoas que vivem ou procuram o centro da cidade. Mas este projeto estruturante tem sido alvo de críticas crescentes, incompreensões e informação deficiente sobre o seu planeamento e execução.

A atualidade e a importância da obra motivaram a conversa. Durante a noite, escalpelizaram-se os problemas de planeamento, a desinformação sobre as suas valências, a crescente desmotivação dos comerciantes e proprietários diretamente afetados. Mas também se ouviu falar da importância da obra e da necessidade de diálogo permanente, para levar ao fim uma construção classificada como importante.

Lenine dizia que o esquerdismo era a doença infantil do comunismo.

A vontade de se imporem as obras é a doença infantil do municipalismo atual.

António Granjeia, no 'Jornal da Bairrada' de 5 de Julho de 2012