Por isso estivemos e tomámos partido nas polémicas que
precederam a criação da região demarcada da bairrada, defendemos a liberdade no
pós 25 de Abril, apoiamos e divulgámos as obras estruturantes na nossa região
como tantas vezes criticámos os dirigentes políticos nacionais por não agirem
ou fazerem obras desnecessárias.
Também
ajudámos as terras e os municípios a promoverem as suas feiras, as zonas
industriais e sempre colaboramos de forma empenhada na divulgação das obras que
tragam mudanças significativas às populações residentes.
Por isso, relançámos as conversas de café e para o primeiro
debate levámos o assunto de momento em Oliveira do Bairro: a nova Alameda da
Cidade. É uma obra importante, que mudará visual e definitivamente para melhor
o centro de Oliveira do Bairro. Vai alterar a vida das pessoas que vivem ou
procuram o centro da cidade. Mas este projeto estruturante tem sido alvo de
críticas crescentes, incompreensões e informação deficiente sobre o seu
planeamento e execução.
A atualidade e a importância da obra motivaram a conversa.
Durante a noite, escalpelizaram-se os problemas de planeamento, a desinformação
sobre as suas valências, a crescente desmotivação dos comerciantes e
proprietários diretamente afetados. Mas também se ouviu falar da importância da
obra e da necessidade de diálogo permanente, para levar ao fim uma construção
classificada como importante.
Lenine dizia que o esquerdismo era a doença
infantil do comunismo.
A vontade de se imporem as obras é a doença
infantil do municipalismo atual.
António Granjeia, no 'Jornal da Bairrada' de 5 de Julho de 2012