terça-feira, 8 de maio de 2012

A MULHER NO SEU PAPEL PRINCIPAL

Pode haver quem discuta a convicção que eu, como muitas outras pessoas, naturalmente, tenho sobre a tarefa primordial e essencial da mulher, na sociedade.

No momento que atravessamos, é notória a quase necessidade de que ela exerça um ofício para obviar as despesas domésticas e os encargos que começaram a esmagar o agregado familiar.

Marido e esposa, estando ausentes dos filhos, durante grande parte do dia poderão ver desmoronar aquilo que seria de primeiríssima actualidade: a educação de crescimento dos filhos que, serão sempre a cópia do meio ambiente, no qual passam a maior parte das horas.




É evidente que eu e outros da minha geração estamos marcados pela presença activa e educativa da nossa mãe que, sempre, permanecia atenta aos minutos que passavam sobre nós.


Argumenta-se, hoje, com o facto da emancipação da mulher. Todavia, a meu ver, ela sempre foi livre como o homem, ambos criados à imagem e semelhança de Deus, pessoas abertas ao mundo e às suas acções pessoais e responsáveis. Porém, nos tempos que correm ela, a mulher, é que se tornou escrava de muitos factores redutivos, desde o ordenado, ao horário de trabalho, a ser chefiada por quem não lhe é nada, mas que a faz dependente, até à divisão de bolsa (ela com um salário, o marido com outro e as despesas familiares só “às vezes”…, em comum) ; depois, vem todo o movimento caseiro ou doméstico que será feito pela noite dentro, etc, etc. Pouco lhe restará, para si mesma, certamente.

Por tudo quanto a mulher é e, sobretudo, pelo seu augusto múnus de mãe, aqui lhe expresso, com admiração, a minha humilde homenagem.

Padre Manuel Armando, no 'Jornal da Bairrada' de 3 de Maio de 2012