Não, não é, senhores ministros, políticos,
deputados e baronetes da maminha sempre quente.
É uma série de tubarões que
navegam à custa dos nossos impostos como se a costa fosse só deles.
E não
houvesse mais nada nem mais ninguém. Indesejáveis, acostaram às empresas
público privadas, o grande cancro e desgraça dos bolsos de quem trabalha e mal
recebe para a côdea.
Fernando Pinto, em 2011, com a TAP a voar
baixo, limpou 359 mil euros, mais mordomias. Então, isto não é escandaloso, ó
crápulas do meu país, entregue à bicharada, tubarões ou aves de rapina?
Desculpem lá por vezes insistir no tema das gritantes injustiças, mas falta-me
estômago para suportar tanta sem-vergonhice nacional.
A contrastar com este
regabofe, a atribuição do Rendimento Social de Inserção (RSI) vai ter novas
regras para que, nas palavras do ministro Mota Soares, se distinga o trigo do
joio. Isto é, passem a não receber de mão beijada os benefícios, tendo de
cumprir obrigações: colocar os filhos na escola, procurar emprego ou
disponibilizar-se para prestar trabalho útil à comunidade.
Conhecem-se muitos
abusos e burlas, prejudicando assim os que mais precisam. Mas a obrigatoriedade
da prestação do trabalho à comunidade deveria abranger também todos quantos
recebem subsídios de desemprego e não movem uma palha para mudar de vida.
Trabalho a fazer no país é coisa que não falta em muitas áreas.
Falta é vontade
política ao governo e vontade de trabalhar a imensa gente. O que para aí vai de
matas para limpar, património local para recuperar… O mal do país foi começar a
pagar às pessoas para estarem sentadas.
O mal do país é ter políticos mais preocupados com “a regulação paternal” do cão
e do gato, do piriquito e da tartaruga, em caso de divórcio do casal, ainda que
gay, do que com as pessoas.
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 5 de Abril de 2012