Com o cerco ao dinheiro dos consumidores a apertar por vários lados, dos serviços essenciais, às portagens, passando pelos transportes públicos, e com o preço dos combustíveis a voltar a níveis acima da média da União Europeia – mesmo sem considerar taxas ou impostos –, os residentes em Portugal voltaram a iniciar um ano com a máquina de calcular em riste.
Um depósito está hoje 20 a 30 euros mais caro que há um ano, e ninguém consegue prever até onde os custos subirão – seja pelo petróleo, seja pelos agravamentos fiscais. Contudo, no mundo dos combustíveis, que muitos não podem evitar devido à falta de acessibilidades nos locais de trabalho ou casa, há vários grãos para ir poupando.
artilhar, poupar e moderar
Actualmente estão disponíveis dezenas de dicas para os condutores que desejarem poupar combustível, algumas das quais pode encontrar em baixo, e outras explicadas ao detalhe em sites dedicados ao tema.
Partilhar carro com os vizinhos ou colegas de trabalho, se viverem ou trabalharem na mesma zona, é um dos primeiros ângulos de ataque a ter, nem que arranje apenas um aderente: dois a pagar gasolina é menos 50% de gasto. Já ao nível da condução propriamente dita, os melhores truques passam pela condução com rotações baixas e também através da assunção de uma postura mais defensiva: se conduzir por antecipação não só terá mais tempo de reacção como acabará por evitar travagens e acelerações mais bruscas.
Vale a pena mudar de carro?
Um dos impulsos mais naturais para contrariar a alta dos combustíveis, passa por pensar em comprar um carro mais eficiente. Mas valerá mesmo a pena? Por mais que as suas contas mostrem que um carro mais eficiente lhe irá dar uma poupança de 30 euros num depósito, não se esqueça de calcular quantos depósitos terá de atestar até compensar o preço do carro e/ou dos juros incorridos para a compra do mesmo.
Caso a mudança de veículo seja já uma decisão assumida, e independentemente dos preços dos combustíveis, procurar um carro mais eficiente é, sem dúvida, uma prioridade: uma viatura que consuma 4 litros aos 100 versus outra que consome 6 litros pode significar um ganho superior a 25 euros por depósito.
Marca branca
Foram alvo de enorme polémica quando surgiram, mas os combustíveis das marcas de distribuição estão a ganhar cada vez mais quota de mercado em Portugal. Sinal de que a utilização destes combustíveis tem sido suficiente para calar as críticas que foram sendo lançadas pelas associações de petrolíferas – que acusavam estes produtos de fazer mal ao carro. “A verdade normalmente ultrapassa o mito. Ao fim de mais de uma década verificou-se que não houve nenhuma catástrofe, nenhum automóvel que use gasolina da distribuição perdeu performance. A única coisa que os consumidores constataram foi que pouparam dinheiro e hoje a nossa quota já é maior que a do segundo maior player de gasolina em Portugal”, conforme explicou Luís Reis, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), em entrevista recente ao i. Segundo dados de Outubro do ano passado, 31,5% dos combustíveis vendidos são já de marca branca
Filipe Paiva Cardoso, aqui