Um estudo norte-americano confirmou a teoria popular de que os homens pensam mais em sexo do que as mulheres, mas não tanto como se pensava.
O resultado do trabalho, que será publicado em Janeiro numa revista de sexologia, revela que enquanto os homens pensam 19 vezes ao dia em fantasias e imagens eróticas, as mulheres pensam nesses assuntos 10 vezes num dia.
Uma equipa de investigadores da Universidade do Ohio, nos EUA, reuniu 283 estudantes (163 do sexo masculino e 120 do sexo feminino) para perceber as diferenças entre os pensamento de homens e mulheres ao longo de um dia.
Divididos em três grupos, foi pedido aos participantes que, durante uma semana, cada vez que pensassem em sexo, comida ou descanso, consoante o grupo onde estavam inseridos, activassem um contador.
O resultado, que os investigadores dizem não mostrar diferenças significativas por depender de "outras questões biológicas", mostra, ainda assim, que enquanto os homens pensam, em média, 19 vezes por dia em sexo, as mulheres apenas pensam 10 vezes.
Nos outros tipo de necessidades físicas, os homens também vão à frente do sexo oposto, pensando 18 vezes por dia em comida (15 vezes entre as mulheres) e 11 vezes (oito vezes no sexo feminino) em descanso.
Com estes resultados e através de entrevistas com os participantes, os investigadores liderados por Terri Fisher concluíram que existem diferenças entre homens em mulheres no que respeita aos pensamentos sobre sexo, comida e sono. Ainda assim, a teoria de que os homens têm pensamentos sexuais de sete em sete segundos - tese que originou a investigação - foi completamente refutada. No entanto, no estudo houve participantes com mais mais de 140 pensamentos sobre sexo num dia.
Manuel Lucas, da Sociedade Espanhola de Intervenção em Sexologia, ouvido pelo jornal espanhol "El Mundo", garante que para além de biológica, a diferença nos resultados resulta também de uma questão cultural, já que, na óptica dele, as mulheres se sentem mais responsáveis pelas necessidades das pessoas que as rodeiam, do que pelas necessidades pessoais. Com o home, acontece o contrário.
O mesmo especialista diz ainda que o estudo, como muitos outros, se concentra em sexo genital e não em beijos, amor e carícias, o que poderia revelar um resultado completamente diferente.
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