Meta orçamental definida para 2013 está em risco. Comissão Europeia exige que o Governo garanta mais receitas fiscais e que corte forte na despesa. A recessão portuguesa será a maior da Europa em 2012.
Portugal está em vias de falhar a meta do défice público em 2013, avisou ontem a Comissão Europeia. Para que tal não aconteça, Bruxelas exige mais sacrifícios: 3500 milhões de euros em medidas de austeridade novas nesse ano. Pelo menos um terço terá de vir dos impostos para não quebrar a regra-mestra da consolidação orçamental. Os restantes dois terços devem vir de cortes na despesa, que terão assim de ser mais fundos do que o previsto.
Ontem, a Comissão traçou um cenário pessimista para a economia europeia. Mas mesmo com a crise a ser quase generalizada, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, actual presidente do Eurogrupo, sai em defesa da moeda única em entrevista ao DN.
O presidente do Eurogrupo garante que o "envelope financeiro de Portugal é imutável" e avisa que o País não pode inverter o rumo. De Lisboa viu as taxas de juro disparem em Itália e enviou um recado para Berlim: ou se salvam todos ou não se vai salvar ninguém.
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