quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CRISE? QUAL CRISE?

Depois do que, no ano passado ficou dito aqui e aqui, este ano não vale a pena voltar a bater na mesma tecla.

Num tempo em que a crise já nem sequer é disfarçada, voltaram a ser adjudicados por ajuste directo, serviços no valor de 21.740,57 € para um dia de grande festa e de imensa folia, sendo 7.990,57 € para transportes e 13.750,00 € para almoços.

Adjudicações que, pese embora a virtualidade de gerarem riqueza para o país, nenhuma  riqueza  geram  dentro do concelho, designadamente ao nível da restauração, uma vez que é no concelho de Esposende que a despesa do arraial minhoto vai ser feita.

Ao contrário do que os demagogos dizem, o que está em causa não é a comemoração do Dia do Idoso, mas sim o dispêndio de verbas inequivocamente excessivo e desnecessáro, principalmente numa altura de contenção como aquela por que passa o país e os portugueses, os municípios e os munícipes.

Entretanto, apesar de sucessivas chamadas de atenção iniciadas na reunião da câmara de 14 de Maio de 2010, o piso da sala de exposições da Biblioteca Municipal continua com os mesmos defeitos que vem apresentando há praticamente dois anos: o soalho encontra-se levantado, tornando imprópria a sua utilização e dando um aspecto de desmazelo, desleixo e até desinteresse por um espaço municipal bastante digno e que, quando utilizado para o fim a que se destina -acolher exposições-, é periodicamente visitado por muitas pessoas. E por isso, para quem tem boa memória, já não será fácil recordar a data da última exposição ai realizada!

Para infelicidade dos munícipes, o Senhor Presidente da República não passou pelo local no seu périplo pelo concelho; porque senão já estaria seguramente resolvida a questão!

A ilação a tirar é a seguinte: não se tratando de uma questão de falta de dinheiro no cofre do município, trata-se, claramente, de uma questão de opção no dispêndio das verbas municipais; e daí, que se vá optando por dispender grandes verbas em festas, em detrimento de investir pequenas verbas no que verdadeiramente tem interesse para o concelho.

E quando assim é...