segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PARVOS E BANDIDOS SÓ MESMO À CACETADA

O vandalismo que varreu o Reino Unido há dias já lá vai, mas ficaram no ar muitas interrogações sobre o comportamento dos políticos e a acção dos polícias.

Nos tempos que correm, é impensável que as forças da ordem se comportem como meninos de coro a tomar conta de procissões. As imagens televisivas falaram por si.

Grupos de bandidos atacavam de todas as formas e feitios polícias desarmados e impotentes para responder com dureza aos actos de vandalismo.

Foram precisas muitas pilhagens, destruições e mortes para o governo do frouxo conservador David Cameron autorizar o uso de bastões, primeiro, de canhões de água, segundo, e finalmente de balas de borracha. Enquanto os senhores iam tomando estas decisões a conta-gotas, lojas e empresas eram incendiadas, destruídas, roubadas e o resultado final foram muitos milhões de prejuízos e vidas inteiras atiradas para o caixote do lixo. 

 rapaziada do costume ainda balbuciou as justificações do costume. Os coitadinhos viviam em zonas desfavorecidas, não tinham emprego e, qual cerejinha em cima da desculpabilização, estavam a protestar contra os planos de austeridade do governo e os violentos cortes nas montanhas de subsídios que garantem o seu ganha pão sem trabalhar. Espera-se que estas vozes de burro não cheguem ao número 10 de Downing Street e que no futuro os bandidos sejam tratados sem contemplações ou complexos imbecis muito em voga neste mundo dominado pelos fiéis do politicamente correcto, cheios de sentimentos de culpa por terem nascido em sociedades civilizadas.

Mas se Londres já lá vai, assiste- -se agora a muitas manifestações em Madrid contra a presença de Bento XVI nas Jornadas Mundiais da Juventude. A fauna que anda aos gritos na rua é diversa. Aparecem por lá os esquerdistas, os laicos, socialistas ou não, os indignados com as despesas da visita e os bandidos do costume que enchem a boca com liberdades, fraternidades e solidariedades só para eles e os seus apaniguados. Estes meninos e meninas odeiam a liberdade e atacam de todas as maneiras possíveis quem defende ideias diferentes e assume publicamente e sem vergonhas a sua fé e o seu catolicismo.

Se em vez do Papa católico aterrasse em Madrid um imã qualquer, de preferência vindo expressamente do Irão, estes meninos e meninos arruaceiros fariam uma grande festa ou ficariam em casa a pensar como as suas vidinhas são feitas de coisa nenhuma. No fundo, os bandidos de Londres e os arruaceiros de Madrid têm muitas coisas em comum. Desprezam o próximo, odeiam a liberdade dos outros e estão dispostos a tudo para destruir o que não lhes pertence. Vá lá que a polícia espanhola não está a comportar-se como a inglesa.

Tem dado forte e feio nos arruaceiros, levado alguns para a cadeia e não se deixa impressionar pelas reportagens e pelos comentários dos que condenam sempre a firmeza das forças da ordem contra esta gentalha inglesa ou espanhola. Portugal não conhece este tipo de violência. Espera-se que não venha a conhecer. Mas também se espera que caso aconteça os políticos e os polícias saibam estar à altura das circunstâncias.

António Ribeiro Ferreira, aqui