Mais dois dias e acabam as arruadas, o negócio das camionetas cheias para encher manifestações e iludir o povo que continua anestesiado, o chorrilho das mentiras, a caça ao voto à custa da dissimulação e do embuste, sem que o povo, no meio da confusão e da algazarra, ficasse mais esclarecido.
Pelo contrário. A situação mais flagrante, até hoje, sábado, é o caso do duplo memorando das negociações com a Troika que o PSD, (cujo líder por vezes dá tiros nos pés), disse desconhecer e Sócrates veio tentar explicar, embrulhando mais uma trapalhada ao seu estilo.
Este tema passou, de um modo geral, ao lado dos partidos. A verdade é um monstro, mas ninguém quer mostrar as suas verdadeiras unhas: uns, por medo dos resultados, outros porque desconhecem muita coisa. Decente foi Zapatero e não tem tantos rabos-de-palha. Não concorre a eleições. Ao PS interessa este jogo do chefe, tentam assegurar tachos e mordomias.
Quando ouço gente deste jaez a falar na defesa dos “interesses do povo”, apetece-me mandá-los todos bugiar para o Rossio, ou outra parte. O que estão a defender, sobretudo o PS - é aí, hoje, a grande quinta das colocação dos “compadres” - é “o po(l)vo dos interesses” em que o país se transformou com Sócrates, que, para muitos, ainda é quem dá aos pobres, quando foi ele que mais pobres fez (dois milhões).
Oxalá que não haja o milagre da(s) rosa(s). Para bem do país.
Não fique em casa, vá votar!
Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 1 de Junho de 2011