sábado, 26 de fevereiro de 2011

VÍDEO USADO COMO ARMA PARA DISPUTAR MENINA

A disputa pela guarda da filha, de quatro anos, durava quase desde o nascimento daquela e nos últimos meses quer a família da juíza Ana Carriço, quer Cláudio Rio Mendes, o advogado de 35 anos assassinado no parque da Mamarrosa, em Oliveira do Bairro, socorriam-se de todas as armas para lutar pela criança.

As gravações ilícitas eram frequentes de parte a parte e tinham como único objectivo demonstrar o estado de espírito da menor durante os encontros. Na acção de poder paternal, constam várias queixas de Cláudio e de Ferreira da Silva.

Sempre que uma das partes realizava uma filmagem ilegal, a outra avançava com uma queixa, pelo que quando no dia do crime o homicida começou a filmar o encontro da neta com o pai, Conceição, namorada do advogado, não hesitou e pediu à sobrinha Liliana que fizesse o mesmo. Na maioria das vezes o intuito do engenheiro era demonstrar que a menor não estava bem junto do pai. O de Cláudio era exactamente o contrário. Vivia ansioso por provar que a filha era feliz ao seu lado.

Ontem, Ferreira da Silva, que se encontra em prisão preventiva em Aveiro, saiu da cadeia por breves instantes. O homicida teve um problema pulmonar e foi assistido numa unidade móvel de saúde que se dirigiu até à porta do estabelecimento prisional. O engenheiro saiu da cadeia por volta das 14h00, tendo regressado cerca de trinta minutos depois.

Durante a tarde, o homicida recebeu ainda visita da filha Ana Carriço, que tem acompanhado de perto o pai. Recorde-se que a juíza já levou a menina, de quatro anos, à cadeia, atitude que causou uma enorme revolta na família de Cláudio.

Na próxima segunda-feira os avós paternos da criança irão reunir com os advogados. O casal está a pensar entrar com uma acção para pedir a guarda da neta, de quatro anos.

Ana Isabel Fonseca  e Tânia Laranjoaqui