Quase metade das crianças portuguesas apresentam níveis de iodo abaixo do recomendado, o que pode levar a que desenvolvam hipotiroidismo ou bócio, de acordo com um estudo a que a Lusa teve acesso.
Segundo o "Estudo do Aporto do Iodo em Portugal", 46,9 por cento da população infantil portuguesa apresenta níveis de iodo abaixo do recomendado.
Destas, 35,1% apresentam uma carência ligeira, 11,8% uma carência moderada e 2,2% uma carência grave. Em comparação com dados dos anos 1980, estes resultados revelam "uma franca melhoria".
O iodo é um elemento que existe em pouca quantidade na natureza e que o organismo necessita para produzir as hormonas da tiróide, pelo que a sua quantidade na alimentação condiciona o funcionamento e as doenças relacionadas com aquela glândula.
As necessidades em iodo aumentam desde o nascimento até à adolescência, mantendo-se depois constantes no adulto, excepto na gravidez e na amamentação, em que a necessidade é maior. A sua deficiente ingestão pode levar à diminuição da produção das hormonas tiroideias (hipotiroidismo) e ao aumento do tamanho da tiróide (bócio).
O estudo sobre carência de iodo foi iniciado há três anos pelo Grupo de Estudos da Tiróide da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e envolveu duas populações: grávidas e crianças em idade escolar
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