terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ESCOLAS PARTICULARES EM "CORTEJO FÚNEBRE" CONTRA CORTES

Pais e alunos das escolas particulares com contrato de associação com o Estado iniciaram cerca das 12:00 um "cortejo fúnebre" entre o Saldanha e o Ministério da Educação, em Lisboa, com dezenas de caixões, num protesto contra cortes no financiamento.

De diferentes formas e feitios, as tampas dos caixões estão identificadas com os nomes dos estabelecimentos de ensino e no interior de alguns há fotografias dos alunos que frequentam estas escolas.

Pais e alunos de 80 escolas transportam cartazes onde se pode ler "A escola para o meu filho sou eu que escolho" e "Querem matar a nossa escola". Mais de 50 escolas, de um total de 93 estabelecimentos com contratos de associação com o Estado, já assinaram também o "compromisso de fecho" entre quarta e sexta-feira. Haverá escolas a fechar um, dois e três dias, segundo o SOS Movimento Educação.

"O objectivo desta manifestação é dar nota à ministra e ao secretário de Estado de que a recente alteração da legislação põe em causa a sobrevivência das escolas, leva à asfixia e pode condená-las ao encerramento", afirmou João Asseiro, porta-voz do SOS Movimento Educação, que convocou o protesto.

Em declarações aos jornalistas, João Asseiro exigiu a revogação da portaria que define um apoio anual por turma de 80 080 euros, menos cerca de 10 mil euros do que a verba reclamada pela Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP).

Em vigor desde o final do mês passado, o diploma que altera o regime dos contratos de associação entre o Estado e o ensino particular e cooperativo engloba a redução dos apoios do Estado àquelas escolas e colégios. Em causa está a verba a atribuir por turma e ano: o Ministério diz que a verba definida, de 80 080 euros, corresponde ao financiamento do ensino público de nível e grau equivalente. As associações que representam o ensino privado dizem que esse valor é insuficiente e deveria ser de 90 mil euros.

Retirada daqui