Uma boa conversa é, segundo Luís Cruz, a razão para o crescimento "anormal" daquilo que foi uma pequena couve, plantada junto a um muro de pedra, nas traseiras da habitação, localizada em Barosa, concelho de Leiria.
Cinco anos depois, a couve cresceu, ultrapassou o muro e "continua viva". Luís Cruz, 65 anos e aposentado da função pública, afiança que a couve mede 4,35 metros e que, agora no Inverno, "cresce cerca de um milímetro e meio por dia", podendo chegar aos dois assim que o tempo aquece.
"A terra é boa. Tem aqui ao lado os restos do jardim, e deve ser isso que ajuda o crescimento" conta Luís, olhando embevecido para a planta.
Amante da natureza, assegura que conversa "muitas vezes" com a couve - tal como as inúmeras palmeiras trazidas de diversos países e que povoam o jardim -, e admite outro tipo de cuidados. "Vou tirando os rebentos, mas deixo sempre um para ela ir crescendo" conta Luís Cruz, explicando que já tirou "centenas de folhas ao longo destes anos", que têm sido aproveitadas, por exemplo, para o caldo-verde.
Segundo o "agricultor" a couve - que ainda não atingiu nenhum recorde de altura, acredita - deverá aguentar-se "mais um ano". "Estou convencido que quando chegar (a couve) aos seis anos, dá-lhe o "badagaio"" admite, sorrindo e revelando que a data do sexto aniversário será assinalada no final deste ano. "Vamos ver se ela vai aguentando" desabafa.
Para Luís Cruz, a terra e o carinho que dispensa às suas plantas são as razões apontadas para o crescimento "anormal" da couve, e de uma palmeira, com mais de 15 metros de altura e muitos outros de diâmetro, que plantou junto à sua habitação.
Alexandra Serôdio, aqui