Pela segunda vez neste mandato, a acta da última reunião de Câmara do ano 2010 foi aprovada por unanimidade, mas a situação não deve voltar a repetir-se, pelo menos nos moldes actuais.
Recorde-se que o vereador do CDS/PP, Jorge Mendonça, tem votado contra as actas das reuniões, como forma de protesto pelo insuficiente conteúdo das mesmas.
Sensível ao apelo do presidente da Câmara, na última reunião, Jorge Mendonça votou favoravelmente, mas antes da votação, pediu para falar, pedido que lhe foi recusado pelo autarca Mário João Oliveira.
Concedida a palavra no final, o centrista sublinhou que a posição que toma “não é por ter algo contra a aprovação da acta, mas pela forma como é redigida e apresentada”.
Jorge Mendonça considerou que, na redacção da acta, “no período antes da ordem do dia, as intervenções dos vereadores da oposição são prejudicadas relativamente ao presidente da Câmara, por isso não me parece que haja equidade”.
O vereador do CDS/PP frisou ainda ter sido sensível ao apelo do presidente, “mas gostaria que também o presidente fosse sensível ao pedido da oposição, porque os deputados da Assembleia, por exemplo, também gostariam de saber, através da acta, o que é discutido nas reuniões de Câmara, as intervenções de cada vereador, etc.”
Em resposta, o autarca avançou já ter explicitado “várias vezes as razões” para as actas serem redigidas desta forma, sublinhando: “penso que estamos a fazer bem”. Quanto à falta de equidade, Mário João Oliveira discordou, dizendo que “agora é que vêm explanadas todas as partes”. “Antes, só vinha o levantamento das questões por parte das vereadores e não a minha parte. Aí é que era desequilibrado.”
Não havendo, pois, alterações previstas para 2011, Jorge Mendonça retomará o seu voto contra.
Oriana Pataco, aqui