As caixas de multibanco podem conter a mesma quantidade de bactérias do que uma retrete de uma casa de banho pública, segundo um estudo de uma empresa especializada em protecção bacterológica.
Microbiologistas da empresa britânica BioCote decidiram avaliar o grau de contaminação bacteriológica da superfície de diversos locais públicos, como caixas multibanco, centros comerciais, bancos, supermercados e postos de gasolina.
Face aos resultados obtidos, os cientistas ficaram admirados ao conhecerem o número e diversidade de bactérias existentes nas caixas multibanco. Na maioria das que foram analisadas, foram encontrados "pseudomonads" e "bacillus", duas bactérias que podem causar diarreia.
"Ficámos realmente surpresos com o que encontrámos. Nunca imaginei que uma caixa automática pudesse ser tão suja. Existem muitas bactérias causadoras de doenças no teclado", garantiu o microbiologista Richard Hastings.
Além das caixas automáticas e das casas de banho públicas, o estudo apontou como locais mais sujos de uma cidade os telefones públicos, as paragens de autocarro, o interior e os assentos do metro e dos autocarros e as estações de caminho-de-ferro.
Mais tarde, num inquérito feito a cerca de três mil pessoas sobre higiene dos locais públicos, os investigadores apuraram que a maioria desconhece a quantidade de bactérias que existem nas caixas automáticas e nos assentos dos autocarros.
Metade dos inquiridos afirmou evitar usar os telefones públicos, mesmo em caso de emergência, por causa das bactérias. E dois terços revelaram evitar a todo o custo usar casas de banho públicas de forma a evitar doenças.
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