terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BOMBEIROS SALVARAM UM BURRO E UM PORCO

Um burro baptizado com o nome "500" e um porco chamado "Ribeiro" foram protagonistas de duas histórias com final feliz. O burro caiu nas pedras do Cais do Ouro, no Porto, e o porco desapareceu num poço, em Oliveira de Azeméis. Foram salvos por bombeiros.

Eram quase 23.30 horas de anteontem quando saiu do quartel dos Bombeiros Sapadores do Porto uma equipa de mergulhadores rumo ao Cais do Ouro (Lordelo do Ouro) para um resgate sobre as pedras, junto à margem. A vítima: um burro.

O resgate foi concluído com sucesso, o burro foi levado para o quartel, onde pernoitou, apenas com as patas esfoladas. O "hóspede" causou sensação foi baptizado pelos bombeiros com o nome "500", correspondente a um número de sapador.

A GNR esteve, ontem à tarde, no quartel dos Sapadores do Porto e, após algumas diligências, tudo indicava que o animal seria acomodado no Parque da Cidade. No entanto, a meio da tarde, o dono do animal foi reclamá-lo e levou-o de volta para casa. E foi em casa, mas em Cucujães, Oliveira de Azeméis, que um porco de 60 quilos, o "Ribeiro", ia morrendo, quando caiu num poço com 15 metros de profundidade. Também neste caso os bombeiros salvaram a vida ao animal.

Foi o grupo de salvamento e resgate dos Voluntários de Oliveira de Azeméis que desceu ao poço e retirou o animal de estimação de uma família de Cucujães.

O acidente aconteceu ontem à tarde. Ribeiro, um imponente porco que se passeia livremente pelos espaços verdes de uma habitação no Lugar de Casal Novo, terá colocado a pata na tampa do poço que rodou e provocou a queda do animal. Após o alerta, os elementos do grupo de resgate dos bombeiros entraram em acção.

Depois de descerem os 15 metros recorrendo a cordas próprias para aquele tipo de operação, os bombeiros tiveram outra tarefa árdua pele frente. O porco, que lutava para não se afogar nos 2,5 metros de profundidade da água e se encontrava muito agitado, decidiu investir contra os bombeiros. "Ele estava muito agitado e tentou morder-nos", recordou, ao JN, Fernando Costa que, juntamente com Marcos Santos, tentou dominar o animal.

"Fui para trás dele para não me atingir e, ao mesmo tempo, para tentar cansá-lo. Quando ficou mais calmo, começámos a colocar as cintas por de baixo dele", referiu. De seguida, foi necessário içar o pesado animal e passa-lo pela estreita abertura do poço.

"Correu tudo muito bem. Muito melhor do que cheguei a imaginar", recordou Fernando Costa, chefe de serviço dos bombeiros. "Passados 10 minutos do salvamento, já estava a comer milho", concluiu, em declarações ao JN, o bombeiro.

Inês Schreck e Salomão Rodrigues, aqui