domingo, 12 de setembro de 2010

MATOU O MARIDO E FICOU DEITADA AO LADO DELE

Filha do casal alertou ontem a polícia. Pai estaria morto desde quarta-feira.

"Ele costumava vir ao meu estabelecimento todos os dias, mas nos últimos dois não apareceu. Achei muito estranho e até comentei com a minha mulher." O dono do café a que José do Metro, de 67 anos, costumava ir diariamente em Santo Antão do Tojal, Loures, percebeu ontem o porquê da ausência do seu cliente: "A mulher matou-o na quarta feira."

O alerta foi dado ontem, pela filha de ambos, cerca das 11.00, e, quando as autoridades chegaram, a alegada assassina estava deitada ao lado da vítima. O homem terá sido esfaqueado e, segundo fonte da GNR, o corpo estava seminu.

A mulher foi transportada de imediato para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, para receber apoio psicológico, onde acabou por confessar a autoria do crime.

Glória e José estavam casados há já muitos anos, mas nunca tiveram um relacionamento muito bom, garante uma vizinha. "Eu conheço-os bastante bem, mas, apesar de tudo, fiquei muito chocada com este desfecho", disse ao DN fonte próxima do casal, explicando que "ela tem vários problemas psicológicos e tudo aconteceu após a sua saída do [Hospital] Júlio de Matos há [quatro] dias".

Apesar de alguns testemunhos indicarem que a relação entre ambos não era a melhor, no local onde residem desconheciam-se discussões ou agressões físicas. "Ele até tinha algumas dificuldades em ver, porque tinha diabetes", acrescentou o proprietário do café de que José era cliente habitual.

A vítima era conhecida como José do Metro - porque trabalhou no Metropolitano de Lisboa.

Ontem, no local estiveram duas viaturas da GNR e duas ambulâncias dos Bombeiros Voluntários do Zambujal.

Carlos Diogo Santos, aqui