Hoje fez manchete em alguns jornais aquilo para o que vimos há muito alertando: o governo criou uma subsecção de “ocupados” para esconder o número de desempregados oficiais.
O JN avança com o número de 162 mil desempregados escondidos, citando um estudo do economista Eugénio Rosa, que confirma que o desemprego oficial está nos 18,2%. Se se somarem os mais de 300 mil “desmotivados”, o desemprego ultrapassa largamente os 20%.
No entanto engrossam continuamente os números do desemprego e a pretensa baixa de desemprego não resiste à prova dos 9: como evolui a taxa de emprego? O número de pessoas empregadas cai e continua a cair. A força de trabalho potencial (pessoas desempregadas não imediatamente disponíveis para trabalhar e pessoas desempregadas disponíveis para trabalhar mas que não estão à procura) perfaz o que falta para se chegar ao desemprego real: são mais de 300 mil pessoas e em conjunto com os desempregados “oficiais” ultrapassam um milhão de pessoas.
O governo reforça a noção de exército de reserva, espartilhado em várias subcategorias mas com algo em comum: são mais de um milhão de pessoas desempregadas, e esse número não caiu desde 2013, revelando a verdadeira face da “recuperação” e da “saída limpa” da troika.
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