Diariamente as pessoas são compelidas a encarreirarem-se na sociedade, quais rebanhos de ovelhas… Mas será que através desta dita sociedade enxergamos a verdadeira
“normalidade” da humanidade?
Mas afinal o que é ser normal?
Será sermos todos iguais?
Será seguirmos protótipos e modas obsoletas ou arrojadas?
Será não reivindicar para não ser irreverente?
Será revermo-nos nos comportamentos socialmente aceitáveis?
Será nunca alterarmos os nossos comportamentos, condutas e opiniões?
Será sermos previsíveis?
Será sermos padronizados?
Se assim for, quero tudo menos ser normal!!! Detesto futilidade, trivialidade e banalidade!
Creio que um toque de irreverência, determinação e uma pitada de essência são fundamentais! E eu quero sentir e viver! Até porque a vida não é banal!!! Para a saborear temos que correr riscos, sair da linha!! É assumirmos sem receio o que somos e quem somos!!! É admitir a nossa insanidade e as nossas incoerências!
Argumentem como quiserem, mas a minha convicção está inabalável! Lutarei continuadamente e sempre mais um pouco de forma a espalhar a minha loucura! Vou deixar-me seduzir incansavelmente pela inconstância, ora saboreando ciclos de serenidade ora abrindo frinchas em vendavais.
Se tudo na vida é efémero e se o futuro é imprevisível vou aproveitar até não poder mais!
Vou desfrutar do mar, da areia, do campo, do sol, da chuva, do vento e dos trovões…
Vou ser uma exploradora nata de sentimentos, costumes, velocidades, prazeres e culturas…
Vou ser ousada e destemida perante os jogos da vida!
A contagem decrescente para a descolagem nesta enérgica e fogosa viagem já começou e ninguém me deterá:
O Mundo é meu!
(Sónia Sá)