quarta-feira, 25 de julho de 2012

PROJECTO DE ARQUITECTURA DO INSTITUTO INDUSTRIAL DA BAIRRADA ESTÁ APROVADO

O projeto de arquitetura do Instituto Industrial da Bairrada deu entrada, na semana passada, na Câmara Municipal de Oliveira do Bairro que, entretanto, já foi despachado favoravelmente.

Victor Sampaio, que faz parte de um grupo de trabalho (Victor Sampaio, Emília Abrantes, Rui Santos, José Soares,  Fernando Silva e Gilberto Rosa), diz estar em condições de afirmar que a parte física do Instituto deverá estar concluída em 2013, prevendo que as obras arranquem no último trimestre deste ano.

Recorde-se que o Comendador Almeida Roque, grande impulsionador do Instituto Industrial da Bairrada, defendeu, no dia 23 de outubro do ano passado, durante a tomada de posse do Conselho Fiscal da Fundação Almeida Roque, que “era a altura própria para entregar a responsabilidade aos oliveirenses para consumar a construção do Instituto”, esperando que “a Fundação Almeida Roque comece a funcionar por si própria”. “Está criado o clima, onde é possível realizar esta aspiração e fazê-lo o mais rapidamente possível.” “É a altura de entregar aos oliveirenses a responsabilidade de fazer algo pelo país”, reforçou o Comendador Almeida Roque. 

Desde que a Comissão Instaladora tomou posse, o que já foi feito?
Victor Sampaio - O Grupo de pessoas que, fazendo parte do Conselho Geral da Fundação, foram nomeados para, em colaboração com o Conselho de Administração, levar por diante a concretização do projeto de Escola, começou por analisar o trabalho já desenvolvido. De seguida, e com a celeridade possível, foram postas em marcha uma série de ações com o objetivo de conclusão da legalização dos terrenos da Fundação Comendador Almeida Roque (FCAR); desenvolvimento do projeto de construção do edifício que albergará a Fundação e o Instituto Industrial da Bairrada (IIB); complementar o protocolo de apoio já anteriormente celebrado com a ATEC para o estudo da construção, com um outro de âmbito mais alargado, visando a obtenção de toda a ajuda técnica para a implementação do projeto pedagógico do IIB e todo o trabalho a desenvolver com vista ao seu normal funcionamento, de acordo com o modelo escolhido e respeitando a visão do seu Fundador; análise do enquadramento legal do IIB e do seu futuro funcionamento e ainda estabelecimento de contactos com as diversas entidades que interferem nestes processos.

Considera que, ao entregarem o projeto de arquitetura na Câmara, foi dado um passo importante rumo à execução do Instituto Profissional da Bairrada?
Certamente que sim. Foi apresentado o projeto de arquitetura e, de imediato, despachado pela Câmara Municipal de Oliveira do Bairro com parecer favorável, dando luz verde ao avanço do processo para licenciamento da obra. Considero, no entanto, que a parte física do projeto do IIB é a menos importante. A parte pedagógica e o conceito de Escola que o Fundador, Comendador Almeida Roque, pretende ver concretizados, é que são realmente os aspetos mais relevantes, e estes estão a avançar em paralelo com os preparativos para a construção do edifício.

Quando arrancam as obras?
Estamos a trabalhar para que a obra se possa iniciar no último trimestre deste ano.

Qual é o prazo que está perspetivado para a conclusão da obra?
Cerca de dez meses é o prazo que estimamos para a sua execução.

2013 será o ano em que o Instituto entrará em funcionamento?
É para atingir esse objetivo que todos os elementos da Fundação Comendador Almeida Roque estão a trabalhar. Reconhecemos que é uma meta ambiciosa, mas, com o empenho de todas as entidades envolvidas no processo, é certamente possível concretizar. Conscientes das eventuais dificuldades que o início da atividade do IIB irá apresentar, pensamos também não arrancar de início com todos os cursos que estavam previstos no diagnóstico, previamente elaborado, escolhendo para a iniciar a atividade apenas os que se considerarem, nas várias vertentes em causa, reunir as melhores condições para serem postos a funcionar. Depois, faseadamente, acrescentaremos os restantes.

Como justifica que desde a dádiva dos dois milhões de euros, tenham passado cinco anos sem que a obra aparentemente “caminhasse” para a realidade?
A relação pessoal que temos com o Comendador foi-nos permitindo aperceber de alguma frustração que sentia, ao tardar em ver a realização deste seu sonho, o que levou a que nos  tenhamos  disponibilizado para ajudar na execução desta tarefa. Como oliveirenses, temos obrigação de louvar e acarinhar atitudes nobres como a que o Comendador teve, e o dever de apoiar a sua concretização. Esta equipa foi nomeada em 5 de dezembro de 2011 para o desempenho desta tarefa, e desde aí tem-se empenhado na concretização dum projeto que consideramos de grande importância para o tecido industrial da região, que nasce da visão estratégica, audaz e experiente de um Homem que, a este grupo de trabalho em particular, e a toda a sociedade, merece o máximo respeito, admiração e reconhecimento. No caso particular deste projeto, muito do que se tem vindo a fazer, nem sempre do conhecimento público, vai para além dum simples projeto de construção de mais uma Escola de Formação Profissional. O que está em causa tem uma dimensão muito mais alargada, dada pelas oportunidades que esperamos venha a abrir para o futuro de muitos jovens, que irão nesta Instituição aprender uma profissão, e pela consequente melhoria do desempenho das nossas empresas com esses técnicos bem qualificados e preparados.

Está convicto de que o modelo de escola (pedagógico) desejado pelo doador será cumprido?
O modelo de escola da ATEC  é o que, desde o início do processo, vem sendo seguido. Todas as pessoas que tiveram a oportunidade de visitar em Palmela as instalações deste Centro de Formação Profissional - cujos promotores são a Autoeuropa/VW, Bosch e Siemens, considerado o melhor Centro de Formação Profissional do País, -, têm constatado que efetivamente o modelo seguido corresponderá ao tipo de Escola que o Comendador ambiciona para a Fundação. Daí a escolha e aposta nesta entidade para nos ajudar a pôr em prática este projeto.
A este propósito, quero expressar publicamente o reconhecimento por todo o trabalho desenvolvido pelo Eng.º Miguel Roque, que nos antecedeu neste processo, a quem se deve a escolha da ATEC como parceira neste projeto.

Pedro Fontes da Costa, no 'Jornal da Bairrada' de 19 de Junho de 2012.