Em dia de reflexão, importa alinhar as ideias para um voto consciente.
Assim sendo, tenho para mim que nestas eleições os objectivos a cumprir são apenas dois: retirar do governo do país e dos principais centros de decisão um partido extenuado encabeçado por um líder desgastado, e eleger uma maioria parlamentar que não seja mono colorida.
Importa por isso que na próxima legislatura, assembleia da república e governo sejam constituídos por gente voluntariosa e de inquestionável qualidade profissional e humana, sem apego ao poder e que não imponha a sua militância ou o seu cartão partidário para tomar conta do Estado.
Só jogando limpo e libertando a sociedade da partidarite pegajosa, será possível controlar o poder a exercer pelo partido que vier a liderar o governo, incutindo equilíbrio e humildade nas decisões a tomar, um controle que tem de ser assegurado pelos votos que cada partido obtiver e não imposto pelo partido que vencer.
Nunca é demais recordar os resultados das maiorias absolutas em Portugal, essas gulosas máquinas de poder que trucidaram tudo e todos, culminando a última com a bancarrota do país.
Votemos pois com a consciência que é no voto de cada um que está o futuro de Portugal e dos portugueses.
Uma consciência que, afinal, está reflectida no resultado da sondagem está promovida por este blogue desde há dois meses e que, em relação à constituição do próximo governo respondeu do seguinte modo: Maioria absoluta do PSD - 19%; Maioria absoluta do PS - 15%; Coligação PSD e PP - 44%; Coligação PSD, PP e PS - 12%; Coligação PSD, PP, PS, CDU e BE - 8%.
