quinta-feira, 9 de setembro de 2010

UMA LIÇÃO PARA OS QUE PENSAM QUE "FIRMEZA" É SINÓNIMO DE "PREPOTÊNCIA"

A pergunta era simples: se o modelo cubano se pode exportar. A resposta não podia ter deixado o jornalista mais surpreendido. Fidel Castro disse que o modelo não funciona nem mesmo em Cuba.

As palavras do líder histórico fizeram com que o repórter da Atlantic, uma revista norte-americana, pedisse a leitura de uma especialista que o acompanhava na entrevista.

Ela entende que Fidel não está a rejeitar os ideais da revolução, mas a admitir que o Estado tem um papel demasiado pesado na economia do país. E também a abrir portas para as reformas que o irmão, Raul Castro, está a tentar introduzir em Cuba.

A entrevista que está a ser publicada pela revista Atlantic resulta de uma conversa de mais de 10 horas e vários encontros entre o jornalista e Fidel Castro, a convite do ex-líder cubano.

O jornalista conta que Fidel estava fisicamente frágil, mas cheio de energia e acutilância mental. As palavras foram ditas à mesa do almoço, entre um peixe, uma salada e um copo de vinho.

Fidel fez também «mea culpa», criticando o seu próprio papel na crise dos misseis em 1962, quando sugeriu que a então União Soviética lançasse um ataque nuclear contra os Estados Unidos. Mais de 40 anos depois, Fidel admite que não teria mesmo valido a pena.

Retirada daqui