domingo, 26 de setembro de 2010

ULTRAPASSADO O LIMITE DO ACEITÁVEL, ATINGE-SE A ESQUIZOFRENIA

“O meu país é um país que acredita no primado do direito.” Sócrates encerra desta forma o discurso desta tarde na sessão de abertura da 65ª Assembleia Geral das Nações Unidas.

O primeiro-ministro português oficializou a candidatura de Portugal a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Sócrates aproveitou para reforçar a importância da participação de Portugal nas acções de paz no mundo: “Estamos presentes em lugares tão diversos como Afeganistão, República do Kongo, Timor-Leste”.

E acrescenta: “Participamos em missões de paz, muitas vezes, muito para além do que a nossa dimensão exigiria, mas fazemo-lo com a convicção de que só a segurança colectiva poderá representar a paz mundial.” No discurso que decorreu esta tarde, José Sócrates defendeu perante todos os Estados-membros da ONU, a ideia de Portugal como um país “facilitador do diálogo mundial”, que reúne todas condições para ser membro do Conselho de Segurança.

José Sócrates classificou o trabalho com os refugiados como uma das tarefas mais importantes da ONU, onde recordou o nome do alto comissário para os refugiados das Nações Unidas: o português, António Guterres, “um dos maiores políticos portugueses dos últimos anos”.

Também Alemanha e Canadá apresentaram a candidatura ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. A concorrência dos países do G8 não intimidam José Sócrates, que ontem garantiu ao jornalistas portugueses ter “muita esperança” na eleição do país. “Devemos alargar a composição da ONU para nos unirmos num Conselho de Segurança mais eficaz”, afirma Sócrates.

O primeiro-ministro aproveitou ainda para salientar no seu discurso a relação de Portugal com os países do continente africano e Brasil e assegura que não compreende como estes países não fazem parte do Conselho de Segurança. “A reforma das organizações financeiras e internacionais precisa também de envolver os países em desenvolvimento. A participação de todos na formação das novas regras mundiais dos mercados financeiros garantirá o sucesso.”

O discurso de Sócrates também abrangeu o investimento português nas energias renováveis e a presença portuguesa no ranking dos países na linha da frente no veículo híbrido. “É com satisfação que apresento a concretização de um objectivo aqui proposto há um ano: Portugal produz 45% da sua electricidade através das energias renováveis e é o segundo país do mundo com produção eólica”, afirma.

Cláudia Garcia, aqui