quinta-feira, 1 de maio de 2014

CURSO JURÍDICO DE COIMBRA (1979 / 1984) NO PENEDO DA SAUDADE

Manifesto
Abram-se portas e engrenagens,
Quebrem-se grilhões, sujem-se ruas,
Ressuscitem mulheres nuas
Matizadas sombreadas em imagens

Soltou-se o génio e a loucura
Arrombaram-se as portas fechadas
Pintou-se de negro a brancura
Em gritos de virgens violadas

Que se grite na escuridão:
Meus senhores nós chegamos!
Viemos da podridão
Para a podridão caminhamos,
É a nossa geração
É a nossa criação
E desde já declaramos,
Venceremos!
Quer queiram, quer não.

(António Tavares)