quinta-feira, 28 de novembro de 2013

TONTARIAS


A última semana ficou marcada pelo envio para o Tribunal Constitucional por Cavaco da norma da Convergência das Pensões, fonte de muita conversa e muitas preocupações; pelo Plenário de Esquerda, pontificado, pois claro, por Soares, que vai dizendo disparates e “tontarias”, (dixit Marcelo R. de Sousa) e a manif das Forças de Segurança que, ao deixarem subir os camaradas as escadas da AR, mais se desacreditaram

Quando outras manifestações forçarem barragens, qual vai ser o seu papel? Forças da Ordem, entrando na desordem, à voz dos sindicatos, resquícios do PREC. Mas já o Plenário de Esquerda, que alguns consideraram um encontro de patriotas (no tempo do PREC, esta palavra era considerada reacionária) é mais uma daquelas bizantinices do ex-presidente que tem sido tudo menos “um pai da democracia”, “uma reserva da República” (só se for das bananas). 

Tem sido, neste últimos tempos, um agitador de massas, num claro apelo â violência, punível por lei, (só falta alguém puxar pelo gatilho), não tem mostrado o bom senso e o equilíbrio nas críticas, ao contrário da prudência de Sampaio e Eanes, que, no dia 25, foi justamente homenageado. Este, sim, será honrado pai da democracia, uma referência moral, um digno exemplo de cidadania. Afastando os portugueses, pôs o país no caminho da democracia, já abocanhada pela esquerda, deu o peito às balas e não se serviu do poder para criar fundações, subvenções e outras mordomias. 

Mário Soares não tem moral nenhuma para falar da maneira que fala. Se alguém, deveria estar caladinho, era ele, porque é um dos que mais beneficiou com o regabofe nacional. Culpas também tem a comunicação social que toda se curva e reverencia quem tem vindo a perder o bom senso e é responsável por uma descolonização vergonhosa, que deu origem a milhares de mortos. 

Soares com as palavras incendiárias, irresponsáveis, pedindo a demissão de Cavaco e do Governo, tudo de uma assentada, é hoje um bota-abaixo dos que não da sua tribo. Nem sabe que isso não pode ser, tão pouco avalia os imensos custos. Se a crise criada por birras de Portas custou elevados juros, o que não seria com a queda de Cavaco e Passos! 

É preciso que alguém do PS ponha juízo na cabeça de Soares, de contrário começa a cair no ridículo pela fome desenfreada de protagonismo

Armor Pires Mota, no 'Jornal da Bairrada' de 28 de Novembro de 2013