Passa por esse vale a Primavera,
As aves cantam, plantas enverdecem,
As flores pelo campo aparecem,
O mais alto do louro abraça a hera;
Abranda o mar; menor tributo espera
Dos rios, que mais brandamente descem;
Os dias mais fermosos amanhecem;
Não para mim, que sou quem dantes era.
Espanta-me o porvir, temo o passado;
A mágoa choro de um, de outro a lembrança,
Sem ter já que esperar, nem que perder.
Mal se pode mudar tão triste estado;
Pois para bem não pode haver mudança,
E para maior mal não pode ser.
Frei Agostinho da Cruz
|
Falemos sinceramente, como p'ra nós mesmos, a sós; lá longe de toda a gente, do mundo e até de nós. (António Aleixo - 1899/1949)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
DEVANEIO POÉTICO - PORQUE O FIM DE SEMANA ESTÁ AÍ
AO TRISTE ESTADO