Turistas do Norte da Europa com elevado
poder de compra estão a procurar em grande número Santa Maria, nos Açores, para
efetuaram mergulho com jamantas, que na ilha se concentram em quantidades
invulgares.
"Durante muitos anos participei em campeonatos internacionais de mergulho e
ganhei alguns prémios.
Possivelmente, Santa Maria é o melhor lugar da Europa para mergulhar, sendo que a concentração na ilha de jamantas [espécie de peixe, também conhecida por manta] de várias espécies é excecional no mundo", refere Artur Silva, fotógrafo do mundo subaquático e empresário madeirense ligado a duas empresas de atividades náuticas.
Possivelmente, Santa Maria é o melhor lugar da Europa para mergulhar, sendo que a concentração na ilha de jamantas [espécie de peixe, também conhecida por manta] de várias espécies é excecional no mundo", refere Artur Silva, fotógrafo do mundo subaquático e empresário madeirense ligado a duas empresas de atividades náuticas.
Artur Silva, que no próximo verão vai abrir uma unidade hoteleira de quatro
estrelas para apoiar o mergulho em Santa Maria, afirma que as jamantas "andam em
cardumes" na ilha e surgem devido às correntes quentes e migrações.
"Há que preservar a passagem das jamantas pelos Açores porque é uma forma de
promoção e constitui, efetivamente, um mergulho bastante diferente. Isso é
fundamental".
O empresário, que pretende cativar clientes do mercado dos EUA e do Canadá,
aponta os alemães, holandeses e ingleses como potenciais consumidores do
mergulho enquanto produto turístico, e diz que o mercado nacional também é
"importante", mas, devido à crise, "retraiu-se".
Paulo Reis, do Centro de Mergulho Paralelo 37, considerado um dos pioneiros
do mergulho com jamantas em Santa Maria, em montes submarinos como o Ambrósio,
explica que este tipo de atividade começou a ter lugar com maior regularidade há
cerca de 10 anos.
"Inicialmente houve um operador que colocou uma boia que começou a servir de
referência às jamantas, que começaram a procurar os montes submarinos devido à
afluência de nutrientes, tendo estas vindo a aumentar de número de ano para
ano", explica o empresário.
Paulo Reis destaca que há "cada vez mais gente" para mergulhar com estes
"animais fantásticos" e que, pela primeira vez, este ano, o número de
estrangeiros "vai ultrapassar" o número de nacionais, com destaque para os
espanhóis, alemães e austríacos.
Paulo Reis explica que as jamantas possuem cerca de três metros de
envergadura, em média, que se chegam por vezes até menos de 10 centímetros dos
mergulhadores e que são "extremamente fotogénicas".
"Vai-se a África do Sul para se ver os elefantes e aos Açores para ver as
jamantas ou os tubarões azuis", refere.
Paulo Reis estima que, com uma viagem de avião, estadia na ilha, alimentação
e algum consumo no comércio local, a par do mergulho, cada adepto que vai aos
Açores, pelo período de oito a 10 dias, tenha um impacto entre 1.500 e 2.000
euros na economia local.
Atualmente existem vocacionadas para o mergulho seis empresas com 10 barcos a
operar na ilha de Santa Maria.
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