
1 Anticlímax: o modelo que aqui apresentei, ligando o destino dos dois Vítores, levava a prever que, em função do que havia sido o desfecho da avaliação da troika, com ou sem intervenção de Nossa Senhora de Fátima, Vítor Pereira seria campeão. Como foi!
Os resultados obtidos mostram uma correlação perfeita entre os respectivos percursos nos três momentos de tempo escolhidos e uma capacidade de previsão a 100%. Para economista não está mal! Os mais curiosos quererão saber se o modelo continuará a funcionar, em especial agora que muitos anunciam a não continuidade do Pereira como treinador do Porto.
Os resultados obtidos mostram uma correlação perfeita entre os respectivos percursos nos três momentos de tempo escolhidos e uma capacidade de previsão a 100%. Para economista não está mal! Os mais curiosos quererão saber se o modelo continuará a funcionar, em especial agora que muitos anunciam a não continuidade do Pereira como treinador do Porto.
Será que, se tal suceder, Gaspar também sairá? Lamento desapontá-los mas o modelo que desenhei e desenvolvi apenas funciona quando está envolvido o futebol e não pode ser extrapolado para o âmbito das relações laborais. Mais a mais, no F. C. P. manda Pinto da Costa, que põe e dispõe. Já no Governo, não se percebe quem manda havendo, até, quem diga que é o próprio Gaspar. Para uma resposta, dirijam-se a Marques Mendes ou ao professor Marcelo. Aqui trata-se de coisas sérias e não de adivinhações.
2. Coisa séria é, mas não parece, a inesgotável tentação dos burocratas de Bruxelas em se imiscuírem numa miríade de actividades que bem os dispensavam. A justificação é paternalista: são o "big brother" que vigia para que nada de mal nos aconteça. Desde o calibre das maçãs até ao dos preservativos parece que nada escapa a essa gente sem rosto que, pior do que tudo, se leva a sério.
Há uns anos decidiram acabar com o vinho a copo nos restaurantes. Entre nós, protestou-se mas, como bons alunos (ou carneiros?), predispusemo-nos a cumprir, sob a tutela, zelosa, da ASAE. Em muitos outros países, a disposição foi, pura e simplesmente, ignorada e a vida continuou como dantes. A notícia demorou algum tempo a cá chegar.
Quando tal aconteceu lá reapareceram o vinho a copo e as canecas (ou jarros, consoante a região) de vinho da casa. Mais tarde, foram o azeite e o vinagre que passaram a ter de vir para a mesa em embalagens invioláveis. Não havia notícia de que tivesse havido queixas dos consumidores. Nada que dissuada aquelas mentes: não havia mas podia vir a haver. Mais vale prevenir...
Para evitar tentações de falcatruas, proíbem-se os galheteiros. Depois de muito matutarem, aquelas almas penadas concluíram agora que, afinal, as tais embalagens não seriam tão invioláveis quanto isso e, com um jeitinho, até podiam ser recarregadas. Vai daí, a partir de 1 de Janeiro do próximo ano, nos restaurantes, o azeite terá de vir em embalagens individuais, seladas, com rótulo e descartáveis, segundo rezam as crónicas. Continua a não se saber de reclamações que pudessem justificar a iniciativa.
Para além do custo adicional, a repercutir sobre o consumidor (o bem que nos fazem justifica que o paguemos!) pergunta-se se alguém considerou, por exemplo, o impacto sobre o ambiente das tais embalagens descartáveis. Que tal Assunção Cristas suscitar a questão? Isto para não ir mais longe: será que o lóbi dos produtores de embalagens não terá nada a ver com mais esta estapafúrdia proposta de uns burocratas que têm de justificar o generoso salário que lhes continuamos a pagar. E nós, como de costume, vamos obedecer?
3. O ensino dual tem nos institutos politécnicos um parceiro fundamental para a formação de nível superior. Se bem trabalhado, esse pode ser um factor diferenciador que reforce a sua atractividade, por comparação com o ensino universitário clássico. Claro que tudo não passará de um episódio sem consequências se a maior aproximação às necessidades das empresas e organizações não tiver, por parte destas, contrapartida nas remunerações.
De nada adianta clamar por esses perfis formativos se os mesmos não forem pagos adequadamente, como hoje ainda sucede. O mercado é isto. Quanto aos politécnicos, não se deveriam preocupar mais com estas oportunidades do que com a designação? Entre um politécnico de primeira e uma universidade de terceira qual é preferível? E será que na Europa já não há, mesmo, politécnicos?
Como nós gostamos de títulos!
Retirada daqui