
Se não tem, o “New York Times” planeou tudo para si. “36 Hours. 125 Weekends in Europe” é o novo livro da Taschen que reúne os melhores destinos da Europa para conhecer em três dias, escolhidos pelos redactores do jornal americano. Lisboa, Por
Não precisa de tirar um ano sabático para conhecer a Europa inteira. Nem tem de se meter num comboio e percorrer dezenas de países num Interrail cansativo e com poucos banhos. Segundo o “New York Times”, para conhecer a Europa bastam-lhe 125 fins-de-semana e 36 horas. Ah, e dinheiro – eles esqueceram-se dessa parte importante.
Não precisa de tirar um ano sabático para conhecer a Europa inteira. Nem tem de se meter num comboio e percorrer dezenas de países num Interrail cansativo e com poucos banhos. Segundo o “New York Times”, para conhecer a Europa bastam-lhe 125 fins-de-semana e 36 horas. Ah, e dinheiro – eles esqueceram-se dessa parte importante.
“36 Hours. 125 Weekends in Europe”, o novo livro da Taschen, é um bom presente de Natal. Mesmo para quem não está a pensar viajar nos próximos tempos – lá está, por falta de dinheiro ou de tempo, ou do que quer que seja. Não se pode é queixar de falta de destinos.
O livro, tal como a coluna “36 Hours” do site do “New York Times” onde se inspirou, dá-lhe sugestões para 36 horas bem passadas em cidades europeias – 36 horas porque o livro foi pensado para pessoas com pouco tempo para viajar e que só podem passar um fim-de-semana num destino qualquer da Europa. Ou para pessoas com demasiado tempo e que querem conhecer tanta coisa que só podem ficar um dia e meio em cada sítio.
FORMENTERA E ROMA, POR EXEMPLO
E estão lá todos os que interessam. Formentera (na foto, à direita), uma pequena e paradisíaca ilha nas Baleares, ao largo de Ibiza, onde pode comer paellas e beber sangria numa esplanada em frente ao mar ou besuntar o corpo com lama numa praia de nudistas – uma espécie de Meco, mas hippie-chique e com água morna e cristalina.
Se Formentera não é a sua praia, também lá estão as grandes cidades. Como Roma, com direito a 16 páginas no livro e uma divisão entre Roma antiga e Roma contemporânea. Na antiga não faltam os clássicos monumentos como o Coliseu ou peças como a banheira de Nero. “Passe a parte da Pietà e da Capela Sistina”, aconselha o livro. “A sua missão hoje, aqui, é pagã e tem de se concentrar na arte grega e romana do Museu do Vaticano e nas suas histórias.”
Na Roma contemporânea, o livro destaca o cemitério protestante como um bom sítio para relaxar, “como o Père Lachaise de Paris”, compara. E, como não podia deixar de ser, elege as melhores geladarias da cidade (já agora, a Gelateria dei Gracchi e a Al Settimo Gelo). As pizzas também não foram esquecidas, como as triangulares “trappizzini”, com almôndegas e tripas (na Pizzeria 00100). e muito menos as famosas massas (no Settembrini, especialista em nouvelle cuisine).
LISBOA, ÉVORA E PORTO
Se já está a ficar com água na boca, fique a saber que há vários restaurantes portugueses no livro. Os jornalistas do “New York Times” sugerem três cidades para visitar em Portugal (Lisboa, Porto e Évora) e, em cada uma delas, coisas pouco óbvias para fazer.
Em Lisboa, “uma cidade barata”, dizem eles, os restaurantes a não perder são o Sol e Pesca, um pequeno sítio de conservas no Cais do Sodré, o Atira-te ao Rio, em Cacilhas, e a Tasca da Esquina, o restaurante de Vítor Sobral em Campo de Ourique. Nos locais a visitar, esqueça a Torre de Belém e afins: na lista está a livraria Ler Devagar, o museu Mude, a Casa das Histórias de Paula Rego e a Lx Factory.
Em Évora, destaque para o vinho e para os petiscos, com uma lista de restaurantes (Tasquinha d’Oliveira e Dom Joaquim) e de adegas (Adega da Cartuxa e Herdade dos Coelheiros).
No Porto, além dos clássicos como o Mercado do Bolhão, a Fundação Serralves e as caves Sandeman, o livro aconselha as noites do Hard Club, as lojas fashion do Centro Comercial Bombarda e os hambúrgueres de bacalhau do Bugo Art Burger.
bíblia de viagens “36 Hours.
125 Weekends in Europe” segue a mesma filosofia de “36 Hours. 150 Weekends in the US and Canada”, um livro igual, mas com sugestões nos Estados Unidos e no Canadá, onde são precisos mais 25 fins-de-semana para saltar de destino em destino.
Para consultar as sugestões dos dois livros não precisa de comprá-los. Estão todas no site de viagens do “New York Times” (travel.nytimes.com), no separador 36 Hours. Mesmo assim, vale a pena ter esta pequena bíblia de viagens que inclui fotografias, mapas e ilustrações incríveis de Olimpia Zagnoli.
Apesar de o livro ter sido pensado para viagens de 36 horas, isso não é regra, diz a editora Barbara Ireland: “Não é um guia convencional. Foi feito para funcionar como um resumo selectivo”, explica. “Os viajantes que querem ficar mais tempo num sítio podem usar o livro como um ponto de começo. Outros podem fazer malabarismo com os itinerários, ficar mais tempo na praia, passar a parte da galeria de arte ou fazer caiaque de manhã em vez de fazerem da parte da tarde.”
Clara Silva, aqui